domingo, 22 de novembro de 2015

Tô querendo falar sobre algumas coisas:

* como a televisão expõe a mulher.  Estamos sempre revoltados aqui na internet, mas nunca se vê reclamações sobre aquelas câmeras que vão das coxas ao peito da mulher, em um close que chega a ser nojento. Daquelas mulheres de roupa curtíssima, mostrando tudo. Isso é sexismo. Machismo. Uma cultuação ridícula.

* como algumas coreografias no ENART são sem noção. Banho da mulher? que isso tem a ver com a história do RS? Com a cultura gaúcha?? Coreografia de Enart tem que ter sapateio e sarandeio. Dá não.

 * como as pessoas são hipócritas. Reclamam de tudo e de todos, mas, nas suas ações, são corruptos, ladrões. Isso é nojento.

* como alguém consegue roubar outra pessoa? Não roubar apenas uma caneta, ou algo pequeno, mas roubar um carro!? como alguém rouba algo de tanta importância? Tipo, não pensa que a pessoa tem isso por que batalhou. Não pensa que talvez não tenha condições de adquirir outro. Que tem coisas importantes dentro deste carro. Não pensa em ninguém, apenas nele próprio, ou melhor, nem nele próprio, porque ele vai se ferrar se pegarem ele com isso. Ou, talvez, nem isso.

Só coloquei aqui pra não esquecer. Talvez nem escreva publicamente. 

terça-feira, 17 de novembro de 2015

(meu) mundo

Já faz um tempo enorme que não escrevo. Quase um mês.
Muita coisa aconteceu nesse meio tempo.

Vô se foi. Vó confirmou a suspeita de câncer, ainda não fez cirurgia, continua internada.
Eu começarei no PET dia 25 próximo.
Me tornei 2ª Prenda do CTG. Teve retiro no final de semana.
To com uma quedinha por um boy.
Gui foi o único assunto que continua igual.

Sexta teve atentado em Paris. Uns dias antes, estourou uma barragem em Minas Gerais. Mortes, destruição de fauna, flora, rio, vidas. Muitas vidas. Isso me deixou bem pensativa. A França reforçou os ataques com bomba no país que assumiu ter atacado Paris. REFORÇOU. Ou seja, já estava atacando lá há tempo, matando gente que não tinha a ver com a história. Eu lamento muito pelos que morreram em Paris, mas, infelizmente, eles morreram apenas porque a França matou os muçulmanos/iranianos/sírios também.

Eu uso a política do "não faça para o outro o que não quer que façam para si". Muitas vezes, eu quebro a cara. Mas 99,9% das vezes, eu não sou injusta com os outros (comigo, em aprox. 75%, mas ok). Se a França não quisesse ser bombardeada, não bombardeasse os outros. Se não quer mais ser bombardeada, não bombardeie os outros. Não quero dizer que os caras tinham o direito de bombardear Paris, ou que estavam certos em fazer isso. De maneira nenhuma! Mas eles pensam desta maneira: "olho por olho, dente por dente".

Olhando uma parte de um documentário feito por um jornalista que pode entrar e participar do dia a dia do Estado Islâmico, percebi que a guerra acontece todos os dias. E não vai parar. Os fanáticos dizem que Allá é o único Deus verdadeiro, e que eles não fazem nada errado para Deus, e que a bandeira de Allá ainda estará sobre a Casa Branca. Ou seja, eles querem dominar o mundo, matando todos que não acreditam em Allá. SÉRIO, ALGO PRECISA SER FEITO. E bombardear o país deles não vai adiantar.

É muita gente morrendo por nada. Será uma forma de controle populacional? Os líderes dos países dominantes sabem que a população da Terra é grande demais, que não temos recursos naturais disponíveis mais por muito tempo... Será por isso que deixam a guerra acontecer, assim? Para que sejam menos pessoas a comer, a poluir? Não sei. É um pensamento extremamente egoísta. E triste.

Preciso estudar sobre isso, ler sobre o tema. Refletir sobre o assunto.

Ainda: mencionei o caso de MG, mas apenas o mencionei. A destruição ambiental que isso causou foi enorme. A mídia não se importou, muito.
As pessoas se chocaram com os mortos de Paris. Outras se chocaram com os mortos de Minas. E ninguém nunca se choca com os mortos nesses "confrontos no Irã/Síria/Iraque. Por quê?

Vou fazer um trabalho de história. Já falei bastante. 

domingo, 18 de outubro de 2015

melhor nem ler.

Acho que ta na hora de eu desabafar.

Faz bastante tempo que não escrevo aqui.

Essa semana foi bem complicada. Quando eu penso que me adaptei, já não sofro tanto de saudade de Aveiro e nem do Guilherme, o resto não colabora.
Meu vô começou a passar mal há uns 10 dias. No domingo, teve que ir para o plantão, pq só vomitava e não queria comer. Daí eu ligo pra vó, e ela está como ele. Resultado: os dois no plantão. Ele fica melhorando e regredindo, durante toda a semana, mesmo com medicação. A vó é internada na terça-feira.
Meu estágio ta bem ruim, e a coordenadora é pra vir me visitar na sexta. Planejo um jogo que ela sugeriu. Não consigo terminar o jogo por ter ficado no hospital na quarta e com as crianças na quinta. Termino na sexta, mas quando vou salvar, o word trava e perde o jogo. Planejo outra coisa, de última hora, e ela aparece e a aula é bem ruim, com bastante bagunça.
Além disso, meu irmão reina em casa. Não entende que precisamos de ajuda, às vezes, pra secar uma louça ou lavar alguma coisa, pra limpar algo ou arrumar o quarto (dele!). Acha que é sempre ele que faz tudo. Que estamos sempre errados em pedir qualquer coisa. É sempre uma guerra quando peço algo, mas não aceito fazer tudo sozinha. O mínimo da obrigação dele é ajudar.
Sem contar sobre perder ônibus, meu pai estar correndo o risco de perder o emprego, a vó estar com suspeita de câncer, as colegas de faculdade que me ignoram (eu sei que isso é criancice, mas me deixa triste, porque eu fiz nada de errado).

Acho que isso é um geral. Tá foda, ta apenas foda. 

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Minha casa de um dia será doida.

Eu sempre vejo ideias doidas de decoração e penso: quero isso quando tiver a minha casa.
Então agora resolvi escrever aqui essas ideias-desejos, pra que eu lembre ao menos de uma parte delas quando eu realmente tiver o meu cantinho.

Quero muitos azulejos na minha casa. E aqueles azulejos pequenos (quase 20x20cm), criando padrões geométricos nas minhas paredes. Eles facilitam na hora da limpeza e dão um toque português, mesmo que não sejam azuis.
Ah, tomar cuidado com o rejunte utilizado, pq ele escurece na maioria das vezes e não é legal de ficar limpando.

Eu também posso fazer decorações nas paredes utilizando pregos e fios de lã, como naquele hostel Jardim de Santos, em Lisboa. Fica super bacana.

Também quero pintar minhas paredes com um pincel e rolo e aquelas coisas legais. 

Fazer uma parede de quadro também é legal. Giz faz sujeira, então posso colocar tipo um quadro de acrílico onde dá pra escrever de canetão e limpar de boa.

Sofá de pallet e aquelas poltronas tipo infláveis são ótimas pra sala de TV. Também uma rede na varanda.

Fazer estantes/prateleiras para os livros, de uma maneira que não acumule muito pó.

Casa de concreto. Madeira => sujeira.

Hoje era isso. 

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

doidíssima.

E então eu acho que estou me recuperando. Que estou mais tranquila e menos apaixonada.

Até ele vir falar comigo. Contar que seus pais falam de mim. Que sua tia pergunta quem sou eu. Dizer que também tem saudades.
Até meu cérebro entender que ele se importa comigo, que eu sou importante pra ele, que ele sente minha falta. Até eu me iludir que ele sente minha falta como eu sinto a dele.

Então volta toda aquela vontade de pegar um vôo no dia seguinte, "com destino à felicidade".

Aff, to ficando é doida.

é só um desabafo para mim.

Eu não quero reclamar. Quero apenas falar, sem obrigar ninguém a ouvir.
Assisti já três ou quatro episódios de Monk hoje. E ele ta sendo meu ponto de fuga. Eu não quis ir na minha vó com a minha mãe e fiquei com a consciência pesando por isso. Minha consciência diz que eu deveria ter ido. Que a companhia da minha avó era melhor do que eu ficar entulhada no quarto vendo série. Mas eu resolvi ficar, e fiquei.

Já é noite. Meus pais estão brigados. Eu não sei o que houve (pelo visto, minha mãe também não, ou ela sabe mas não quer acreditar). Meu pai acabou de ir para o ensaio dele. Eu to carente, querendo conversar com alguém, mas nem sei sobre o que. Acho que, na verdade, eu só queria um pouco de atenção. Mas ok.

Eu sinto falta de Aveiro. Quando eu estava lá, às vezes, tudo o que eu queria era estar perto dos meus pais. Eu achava e sentia que, estando perto deles, todas as coisas se resolveriam e ficaria tudo bem. Mas não foi bem assim... eu continuo me sentindo sozinha, mesmo com eles por perto. E não sei por quê.

Eu queria voltar a dançar. Sinto muita falta da dança, meu corpo sente falta, dançar me faz bem. Mas eu não me sinto parte do grupo. Não me sinto importante lá dentro. Meu orgulho não me deixa voltar, assim, do nada. Voltar sabendo que falei que nunca voltaria a dançar lá, sabendo o que as pessoas de lá falaram de mim, com tanta coisa contra.

Eu gosto de falar sobre o que vivi lá longe. Eu falava muito pouco quando estava lá, conversava com meus pais umas duas horas por semana, com meus amigos e irmã e cunhado ainda menos, e quero falar sobre como era na Espanha, na Itália, na Alemanha. Só que ninguém parece muito disposto a ouvir. Nem meus pais. Eu sinto necessidade de falar. Mas quando falo, as pessoas não se mostram a fim de saber.
Não é que eu queira exaltar que lá estive, mas é que eu simplesmente vivi aquilo. Não quero mostrar que estive na Europa, simplesmente tive a tal experiência na Europa. Não quero inveja de ninguém. Queria apenas compreensão.

Eu sinto falta do G. Já faz mais de um mês que nos despedimos, então to bem menos apegada e tal (até porque já sofri um bocado). Mas ainda sinto falta. Ainda tenho saudade e ainda queria que ele correspondesse o que sinto.

Acho que era isso. 

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Obrigada, gracias, grazie, thank you, danke, ...

Agradecer, agradecer e agradecer. Foi o que eu mais fiz nos últimos dois meses. Mentalmente, claro. Verbalmente deve ter sido lamentar e reclamar. Mas, mentalmente, foi agradecer. Agradeci a Deus ou o Cosmos ou sei lá o que é por ter chegado onde cheguei, e não fiz promessas nem pedi o que queria. Simplesmente agradeci.

Agora, de uma maneira entendível: durante os meses de junho e julho, fiz muuitos exames e provas em Portugal. Era final de semestre, final de intercâmbio, e cada passo era decisivo para a minha dupla diplomação (ou não). É claro que eu queria o diploma português, queria fechar todos os ECTS's que eram o objetivo do 'intercâmbio' desde o início. É por isso que se chama 'Licenciaturas Internacionais', que dizem 'Graduação Sanduíche' e não, simplesmente, intercâmbio. Mas eu estava cansada. Cansada de estudar e estudar. Cansada da pressão que, na maioria das vezes, quem colocava sobre mim era eu mesma. Cansada de ver outras pessoas curtindo as férias enquanto eu estava ainda estudando. Mais de cem vezes, pensei em desistir. Já não sabia se todo o esforço para passar nas disciplinas, que, pra mim, eram um bicho de quarenta cabeças, valia a pena. Eu só queria abraçar meus pais. E minha cama. Então, seguindo a legislação da universidade, solicitamos que eu terminasse as coisas por aqui, fazendo a última prova necessária para aprovar na última disciplina necessária para a dupla diplomação, em setembro.

No fim de julho e início de agosto, viajei. Não saí apenas da minha cidade, mas saí de mim. Foram dias incríveis. Viajar sozinha também foi bastante interessante.

Tenho o costume de, quando entro numa igreja que nunca havia entrado, fazer um pedido. Em todas as igrejas que visitei no primeiro ano, o pedido foi sempre o mesmo: atingir os créditos necessários para ficar o segundo ano em Pt. Após isso, o pedido mudou um pouquinho: atingir os créditos necessários para a dupla diplomação. Nessas últimas viagens, não houveram pedidos. Apenas agradeci, de coração, por ter chego até ali. Por ter a chance de conseguir. Talvez fosse a hora que eu mais precisasse pedir ajuda para atingir meu objetivo, afinal foi quando lutei mais intensamente por ele. Mas eu apenas agradeci. Tudo já havia sido suficiente.

Agradeço ainda: às pessoas que me auxiliaram com os conteúdos: sem vocês, eu não teria conseguido. Às pessoas que ajudaram com mensagens positivas: sem vocês, eu não teria conseguido. Obrigada, do fundo do meu coração. Gostaria de um dia poder fazer algo que seja importante para vocês como vocês foram para mim. Muito obrigada.

Também agradecer aos que não acreditavam, duvidavam, achavam que eu apenas festava em Pt, que eu não atingiria o objetivo: eu teria conseguido sem vocês, mas agradeço da mesma forma. Colaboraram, mesmo sem querer, me dando força para chegar onde EU queria. Obrigada.

Enfim, mesmo dois anos depois de ter saído daqui (e ter começado esse blog), eu ainda não acredito no que vivi. Parece que tudo foi um sonho. Sempre fico sem saber o que dizer quando as pessoas me perguntam "Como foi viver lá?". Respondo, apenas, que foi incrível, justamente por ainda nem acreditar em tudo isso. Porém, mesmo tendo finalizado esta fase, inicia-se (assim que a greve findar) a outra fatia do sanduíche. Mais três semestres me esperam, para que eu possa ter nas mãos a tão desejada dupla diplomação. Uma fase se foi, mas ainda há bastante trabalho pela frente.

E, depois disso, ainda não se sabe o que acontecerá... até lá, tenho tempo para decidir. 

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

não sei

É uma vontade enorme de ir embora. Uma vontade de recomeçar em algum lugar novo. Uma desvontade de continuar algo que já passou da metade. Vontade do novo. Novo. De novo.

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

nada a ver com coisa nenhuma

Pensando logicamente, concluo que meu drama nesse momento é o Gui. Claro que sinto falta da cidade e todas as coisas, mas eu apaixonei e agora tenho saudade dele. E como vivi com ele em Aveiro, essa saudade me remete a aquele lugar. Isso não é legal. Tenho que levar tudo em banho-maria, porque não sei exatamente o que ele ta sentindo por mim... e não adianta eu criar esperanças: daqui a pouco ele se envolve com alguém e eu fico aqui machucada, e por minha culpa.
Tenho que dar um jeito de desviar meus pensamentos dele. Ocupar a cabeça com coisas mais relevantes nesse momento (tipo o exame de Complexa).
Exame de complexa que será daqui a exatos quatro dias (tipo fudeu). Estudei quase nada ainda. Quase nada mesmo. Vou comer os livros.
Tchau Gui. Oi Análise Complexa, tudo bem? Vamos juntas?

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Coisas de Pt

Algum dia (não lembro exatamente quando, mas é só procurar) eu fiz uma lista de coisas do lugar onde nasci e vivi que me davam saudades enquanto estava longe.
Tenho certeza que escrevi aquilo não apenas 16 dias depois de chegar em Pt, mas eu já sinto muita saudade de Aveiro e quero fazer essa lista. Ao contrário da outra lista, que eu sabia que a saudade tinha prazo máximo, eu não sei quando (nem se) vou matar essas saudades de Aveiro.
Mas a lista de coisas que eu sinto falta são:

Meus amigos.

As pessoas desconhecidas que eu dava bom dia na rua.

O tio do Mercado Negro e todas as pessoas que trabalhavam em algum lugar e depois sempre cumprimentavam quando nos encontrávamos na rua ou em qqr lugar aleatório.

O Mercado Negro, e todos os pubs e bares que a gente ia pra bater papo e beber qualquer coisa: Kittens, Irish Pub, Adega, Guest (sangria ♥), Cais Madeirense (poncha ♥), BarBaRija, Monlou, Da Vinci, Casa de chá, ...

O Bodegas e os outros lugares que íamos para beber e dançar: Santos, Maravilhas, Ômega, ...

Simplesmente poder ter vontade de sair às 10 da noite e ir.

As comidas: bacalhau com natas, bifinhos com molho de cogumelos, lombo assado com ananás, bacalhau à brás, perna recheada, arroz de chouriço, arroz de pato, ♥KEBAB♥, hambúrguer do Ramona, cachorro-quente com molho de francesinha e batata do Convívio, mil outras coisas.

Aquela universidade enorme.

Poder fazer qualquer coisa e saber que ninguém saberia no dia seguinte, só se eu contasse.

Andar e andar e não ter morros.

Não sentir medo de ser assaltada na rua. Andar tranquila sozinha a qualquer hora do dia ou da noite.

Tirar dinheiro do caixa eletrônico na rua, sem preocupação nenhuma.

Sempre ter dinheiro.

Poder planejar viagens tendo como critério o calendário de férias, e a grana em segundo lugar.

Ter alguém sempre junto. Poder escolher a companhia pra ir ao mercado ou ao cinema. (eu sei que isso soa egoísta, mas às vezes meu humor aguentava apenas o Rafa.)

Ver as pessoas na mesma vibe que eu. Todo mundo no mesmo barco, compartilhando das mesmas saudades e da mesma felicidade.

Acho que é isso. E acho que essa lista é bem menor que aquela. Finalizando o post quero até catar aquela lista e reler; talvez me dê um fôlego a mais pra me readaptar aqui... 

domingo, 23 de agosto de 2015

pessoas

Sabe quando parece que não tem mais ninguém? Que todas as pessoas que poderiam estar com você estão ocupadas com coisas mais importantes? Que ninguém tem tempo disponível para você? Esse é o sentimento.

Sim, eu senti isso várias vezes em Portugal, mas no dia seguinte já estava com alguém. Aqui não tenho com quem sair. Não tenho alguém que eu possa chamar pra sair e ter certeza que a pessoa vá. Nem tenho quem chamar.

Por isso essa readaptação está sendo tão complicada: não tenho amigos aqui como eu tinha lá. Nem perto disso. Sim, tenho meus pais, meus irmãos e aqueles velhos amigos, mas cada um tem a sua vida e estava vivendo perfeitamente sem mim este tempo todo. Não posso chegar agora e exigir que tenham tempo disponível para mim. Me sinto sozinha, mesmo com pessoas ao meu redor. Isso não é legal.

Os meus amigos são incríveis. Nenhum deles deixa de cumprir seu papel de amigo. Todos são indispensáveis e importantes. Porém, como é de se esperar, cada um tem sua vida. E eu não estou na lista de prioridades de ninguém (que também é normal).

Precisaria de alguém que fosse um Rafa ou um Guilherme, aqui. Eu sei, estou exigindo demais. Mas é tudo o que eu gostaria...

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

é a vida.

Preciso escrever, porque dói e ninguém merece me escutar. Já digo que sei que vai passar, mas por enquanto ta doendo mesmo, não há como negar.
Eu desaprendi a ficar sozinha. Eu me sinto triste por estar sozinha. Há alguns meses, isso seria perfeitamente normal, mas eu me acostumei bem demais à companhia constante dele. E quem não se acostuma fácil com coisa boa? Com beijos e carinhos frequentes, com alguém tranquilo que anula minha loucurice?
Me sinto uma boba por me sentir assim, mas é assim que ta sendo. Ta doendo. E saudade dói no coração e sai pelos olhos.
Vou ficar bem, aproveitar Madrid e curtir minha viagem solita. Só quero que tudo fique bem e dê certo. :')

sexta-feira, 17 de julho de 2015

é pau, é pedra, é o fim do caminho

Há dois dias, no dia 15/07, completaram dois anos do resultado do certame pra vir pra cá. Ou seja, há dois anos eu fiquei sabendo que vinha passar dois anos aqui. E agora está quase na hora de ir embora, de assumir a vida que eu tinha antes desse resultado e dessa viagem.
Eu tenho que estudar sim, mas é difícil não querer escrever sobre isso. Há dois anos, eu tinha muitas expectativas, muitos sonhos, muitos desejos pipocando na minha cabeça, porque sabia que os próximos dois anos seriam incríveis e maravilhosos, por pior que fossem. Sabia que havia a chance (bem grande) de esses dois anos acabarem sendo apenas um, e foi por pouco que foram dois.
Eu pensava que ia namorar um português. Nem beijei, nenhum. Pensava que ia publicar artigo em revista internacional, nem escrevi artigo. Queria ter viajado mais e conhecido mais coisas, mas não foi assim. E esse nem é o objetivo do texto.
Foram tantas pessoas incríveis, tantos sentimentos, tantos dias de solitude e de companhias incríveis, tantas aulas insuportáveis, tantos abraços que a gente queria que fossem de outra pessoa (que está do outro lado do oceano atlântico), foram muitas lágrimas, mas, sem dúvida, exponencialmente mais sorrisos.
Eu mudei algumas coisas, sim. É impossível continuar sendo quem eu era. E eu continuo mudando. Acho que vou viver em processo de mudança, minha vida toda. Fiquei menos sociável, aprendi a cozinhar coisas diferentes, atualizei minhas definições sobre relacionamentos, aprendi a viver sozinha, desaprendi.
Foi lindo, mas tá chegando ao fim. E eu espero que continue lindo, e que seja apenas o início de uma vida linda. 

plano B

25 dias para chegar no Brasil. To em casa (sozinha). Falo isso porque é muito raro eu estar em casa, e ainda mais raro sozinha. E percebo que desaprendi a viver sozinha. Bastaram um mês e meio dormindo mais na casa do G do que na minha (nas últimas duas semanas, sempre lá) para eu desaprender a ficar só. Quando ficamos, decidimos aproveitar o tempo que teríamos, e que estaríamos juntos enquanto fosse agradável para os dois. Eu pensava sinceramente que, no máximo um mês depois, já seríamos apenas amigos, de novo. Quando fechou o primeiro mês, eu pensei que duraria mais umas duas semanas ou até o fim do mês. E estamos aqui, mais de dois meses e meio depois do beijo naquela festa, sem querer largar um do outro. 
Meu plano era enjoar dele. Era pensar "ainda bem que estou indo para o Brasil e não vou mais encontrar ele, por um bom tempo!". Mas não. Vou sentir uma falta imensa dos abraços e milhares de beijos que ganho todos os dias. Do carinho e da preocupação, do apoio nos momentos ruins, de dormir agarradinho. De sentir um beijo no pescoço no meio da noite. De acordar com ele me enchendo de beijos, hiperativo. De dançar na cozinha, no meio de beijos, colheres de pau e panos de prato. De me relacionar com alguém durante mais de dois meses e não brigar. Não me decepcionar. Não sofrer, a não ser por saudade. Ele é incrível. E eu não quero acreditar que estou apaixonada. Isso é algo muito forte para ser admitido.
Eu gosto demais dele, mas não é paixão. É uma mistura de carinho, carência e tesão. Não pode ser paixão. Mas confesso que, quando perguntei o tempo médio que ele pensava que demoraria para me visitar e ele respondeu que achava que uns dois anos, eu fiquei bem triste. Dois anos é bastante tempo. E eu já tenho saudade agora.
O plano não deu certo. Não vou enjoar a tempo. Ele vai embora daqui a 19 dias. E eu não posso chorar por isso. Mas não dá.
Ele foi jogar com os meninos. Eu apoiei ele super para ir, porque a ex proibia ele de tudo e eu abominava essas atitudes dela, então preciso ser diferente. Mas eu queria ele comigo. Já avisei ele que, se pudesse, colocaria ele numa caixinha, só pra mim.
Isso que é amor, sabe. É cuidar um do outro, é querer o bem um do outro, é fazer o bem para o outro. É dar e receber o melhor que se tem. É querer ver o outro sempre bem. É apertar deixando ele livre pra fazer o que preferir. Não precisa ser jogado em redes sociais, exposto em presentes caros ou qualquer coisa assim. É carinho e cuidado. Só.
Mesmo nem querendo pensar nisso, eu me pergunto como serão meus relacionamentos futuros, já que vai ser difícil superar esse. Ele me ensina muitas coisas e é uma pessoa maravilhosa comigo. Não sei se vai ter mais alguém no mundo que faça isso. O defeito dele é morar longe de mim no Brasil.
Enfim, acho que deu de mimimi por hoje. Vou dormir, sozinha. 

quarta-feira, 17 de junho de 2015

fazer anos :p

Como sempre: tenho que estudar maaaas estou fazendo de tudo, menos estudando.
Hoje é meu aniversário, então tenho direito.
Tô meio sensível hoje. Sabe, coração doendo um pouco. Vontade de querer estar com minha família e pessoas queridas que estão longe, mas ao mesmo tempo vontade de ficar aqui pra sempre e com as pessoas queridas daqui.
Resolvi que íamos jantar num restaurante japonês (asiático, na verdade) que eu adoro e comecei a chamar algumas pessoas que eu queria que estivessem comigo (e outras que se vissem alguma foto disso depois iam ficar chateadas...)... no fim das contas, 26 pessoas já confirmaram que irão. Gente, na minha cidade no Brasil, se eu fosse convidar as pessoas que eu queria que estivessem comigo e não contasse a família, quase certo que não chegaria a 15.
Daí eu me toquei que essas pessoas queridas que estão/estarão comigo hoje não estarão comigo no próximo ano... e já me deu uma saudade tão grande...
Eu tenho que ligar em casa, mas se eu ligar eu vou chorar. Certeza que vou. Nossa, há tempo eu não me sentia tão vulnerável assim. É muito carinho dessas pessoas lindas que me rodeiam...
Enfim, tô muito feliz e um pouco triste. Acho que nostálgica e já com saudade de tudo isso... mas é muito bom fazer aniver no calor! hahaha

*em Portugal diz-se 'fazer anos' ao invés de 'fazer aniversário'. :)

quarta-feira, 10 de junho de 2015

não quer(ia)o voltar...

Esse vídeo do buzzfeed listou muito bem as coisas que eu não quero deixar aqui, por voltar ao Brasil (mesmo tendo sido feito por pessoas dos EUA e, por isso, ter umas coisas meio sem nexo pra nós no meio).


Segue uma tradução (feita por mim, ou seja, beeeem basicona):

"23 sinais que você estudou fora, na Europa

Viajar não o intimida mais, porque você é profissional, agora.
E você sobreviveu a um vôo da Ryanair que custou apenas 15 euros.
Você tem incontáveis fotos de comidas deliciosas
e TBTs épicas suficientes para uma vida
Você se pega chamando os EUA de The States
Você se sente culta porque foi aos melhores museus.
Ou, pelo menos, tem uma selfie com a Monalisa.
Você sabe que pode viver sem seu telefone celular.
Mas viver sem manteiga de amendoim é outra história.
Assim que você comeu uma quantidade constrangedora de nuttela de uma vez.
E crepes...
E gelato...
E kebab's... (a melhor comida para bêbado)
Você sente falta do vinho barato e das leis abertas
E ser capaz de caminhar a qualquer lugar
ou ir de bicicleta a qualquer lugar
Você sabe que às vezes se perder pode ser algo bom
E que você fez uma ligação especial com seus amigos de viagem
Você sabe qual o sentimento de voltar no tempo
E qual o sentimento de ver algum lugar mágico
E que lugares assim não existem apenas em contos de fada
Você sempre sente como se um pedaço de você ficou com o lugar que você deixou
E, com certeza, você não viaja mais a uma nova cidade todo o final de semana...
Mas você está sempre procurando pela sua próxima aventura.
E você mal pode esperar para voltar."

*TBT's = fotos antigas, postadas depois.


E eu achei essa frase em algum lugar (não lembro onde) mas resolvi salvar aqui:

"De um rio que tudo arrasta, se diz que é violento. Mas ninguém diz que são violentas as margens que o comprimem." (Bertolt Brecht)

first time lol

ÊEEE, tanto tempo que eu não apareço aqui no blog. Maio foi mês de administrar um blog do trabalho de tic, daí era muita mão ficar trocando o login. Mas voltei.
Fim de abril escrevi um texto aqui e deixei de rascunho. Mas já tem tanta coisa minha que em teoria é impublicável e tá publicada aqui, que, combinamos, publicar isso nem é grave. Confesso que o texto sofreu algumas pequenas adaptações antes de ser publicado, porque ele tava meio explícito demais... mas tá aqui. E quero dizer, antes de qualquer coisa, que eu não me iludi nesse dia. E é por isso que resolvi publicar: porque é uma das primeiras vezes que não me iludi. Eu interpretei certo uma vez na vida! hahaha

O texto é esse aqui:
"Vamos lá, fazer o que eu faço de melhor: me iludir.
Hoje tem uma festa. A festa do semestre. Como a bolsa ainda não caiu (C@p&s, aloou?!), ninguém ta muito a fim de ir, e nem vai. Então vamos apenas eu e um amigo x. Claaro que vai ter muitos erasmus e talvez até outros pli's doidos como nós na festa, mas isso não impede de ficar pipocando uma esperança trouxa na minha cabeça.
Sei que amanhã eu vou estar me sentindo uma anta, por ter criado e ainda estar alimentando essa esperança, mas sei lá. Nem sei se posso chamar de esperança; talvez seria melhor expectativa; mais explicitamente, uma idiotice mesmo.
Mas é que é difícil não gerar nem alimentar nada com as ações dele. Sim, ele vive zoando com a minha cara, e sabe dos defeitos meus que eu não quero que as pessoas saibam. Afinal, convivemos quase diariamente, meio difícil não saber. Mas enfim.
Eu to quieta, ele faz aquela cara e voz preocupadas querendo saber se eu estou bem. Quando eu não estou, fica insistindo e querendo ajudar. Me convida pra ir jantar, viajar, ir ao cinema, ir nisso e ir naquilo.
Estou feliz lá, quieta na minha, ele chega e começa a fazer massagem no meu pescoço e ombros. Pô, faz uma coisa dessas não. Por favor. Não precisaria dizer que eu sinto uma onda de adrenalina ou qualquer hormônio que eu não sei nomear descendo pelo meu corpo. E quando ele chega tranquilo e afasta meus cabelos antes de fazer massagem? Complicado. Aquelas frases: "Desculpa, meu amor, não fui eu que combinei isso" ou "Noossa, como você tá grossa, eu aqui fazendo um convite e você recusa? Tá bom, tá bom", fazendo um drama enorme... Tchê, tá querendo chamar minha atenção? Sei lá.
Sem falar na mão dada ou braço dado andando na rua. E a história de que a namorada dele morre de ciúmes de mim? E afinal, deram um tempo ou não? Eu vi o celular dele tocando duas vezes ontem, quando ele estava aqui em casa, e ele falou que era a namorada. Sem esquecer do aviso de que ela poderia vir falar comigo. hahaha, eu implorei que ela viesse mesmo. Mas, até agora, nada. Também quando ele coloca a mão na minha coxa pra comentar de alguma piada interna ou fazer algum pedido. Giovana, segura esse forninho!
E as conversas no whatsapp? Falando que é muito fácil me amar e blábláblá. Poxa.
Eu também sei que, indo pra festa com ele, provavelmente eu vá ficar com ninguém. Porque ele só vai me largar na festa se ele ficar com alguém. E como não acho que isso seja muito provável, creio que ele vá ficar pendurado em mim toda a noite."

Terminei o texto aqui porque fui me arrumar e parei com a ilusão. Ainda teriam outras coisas que a alimentavam, mas nem escrevi. E sim, nós ficamos na festa. E sim, nós ainda estamos ficando. E sim, ta sendo ótimo. Ou melhor, tava tudo perfeito até ontem, quando eu fiz a cagada de chamar ele pelo nome de outra pessoa. Logo vim pra casa e ainda quero cavar um buraco e me esconder lá. Vou conversar com ele direito e pedir as devidas desculpas hoje. Ele é muito fofo, não sei descrever. Desses 40 (41?) dias, nós não nos vimos em apenas um. Dormi na casa dele já perdi a conta de quantas vezes. A gente não briga, vive fazendo piada, morre de rir.
Temos uma intimidade tão natural que eu nunca tive com ninguém. Falamos sobre qualquer assunto, desde religião até relacionamentos anteriores. Essa conexão deve resultar da nossa amizade, que já existia há um bom tempo... agora tenho que ir tomar banho. Depois conto como foi quando a ex dele descobriu que estávamos juntos e teve a audácia de vir falar comigo (ou nem conto, veremos).

segunda-feira, 27 de abril de 2015

importâncias e conhecimentos

Nossa, eu me sinto tão importante com pessoas importantes ao meu redor. Não que as pessoas que estão ao meu redor sempre não sejam importantes! Eu estou falando importantes academicamente, para o mundo, como professores de universidades federais, doutorandos, pós-doutorandos, essas coisas chiques e de pessoas sabidas. Melhor ainda é ver que essas pessoas não são apenas sabidas, são, mais ainda, inteligentes. Fico encantada com pessoas cujo currículo lattes é grande como o carinho que senti ao conhecê-las como pessoa, sem saber do seu currículo. Em outras palavras: pessoas simples, legais, queridas, e que sabem muita coisa. Que conseguimos ter uma conversa que rende aprendizado, por mais informal que seja, mesmo num ônibus ou numa mesa ao almoço. E que são tão simples que se põe à disposição de uma estudante de licenciatura que mal sabe se vai continuar na carreira.
Isso me fascina. A simplicidade, o desprendimento, a disponibilidade.
Tem gente que não gosta de compartilhar o que sabe. Eu sei que sei nada, mas quando aprendo algo novo, vou contar, e as pessoas não parecem interessadas. Então me considero muito melhor ouvinte do que falante. (Um ex vivia dizendo que eu não falava sobre mim, mesmo ele já tendo contado boa parte das suas histórias de vida...) Então só falo quando realmente sinto interesse vindo de quem ouve.
Era mais ou menos isso que eu queria dizer.
E também que cortei o refrigerante e to comendo mais salada. Agora no jantar fiz um pratão de salada, com (bastante) alface, tomate, cenoura, grão de bico, queijo ralado, linhaça, frango, cebola frita, e molho. Ficou deliciosa. :)

Relendo o que escrevi, me toquei de uma coisa: acho que eu me sinto importante quando me sinto querida pelas pessoas. Daí me sinto importante quando essas pessoas são inteligentes sem ter tooodo o estudo acadêmico, e me sinto importante e inteligente quando as pessoas são inteligentes e sabidas, academicamente. Sinto isso.

domingo, 19 de abril de 2015

mil coisas + dieta!

To com um episódio pausado de TBBT, com dor de estômago e ouvindo Banda do Mar. Gente, essa banda não é normal. As músicas me fazem tão bem. Bem de verdade. Não sei explicar.

Meu dia foi mega inútil, to me sentindo bem insatisfeita comigo mesma. Coloquei a Banda do Mar pra tocar e senti uma coisa gostosa, sabe. Na verdade verdadeira, eu sai da cama pra pegar um caderno pra desenhar e fazer minha lista de compras pra amanhã (pq mesmo sem bolsa eu preciso gastar dinheiro e comprar coisas) e vi o autógrafo que peguei quando fui no show. Peguei, li, e ri. Quem ri lendo um autógrafo?
Me fez lembrar do show, de como senti eles sendo gente como a gente. Eles são pessoas tão normais quanto nós. Mentira, eles são muito mais bondosos e tem um coração bem mais lindo. Mallu é de uma pureza incrível. Tenho remorsos até hoje de quando vi a notícia (super preconceituosa) de que ela e Camelo estavam namorando, mesmo ele sendo mega mais velho, e eu pensei, 'nossa, que guria doida, e ele? porque não pega alguém mais velho?'. Como eu era ridícula, tanto quanto a imprensa. Mas tudo bem.

Tô ansiosa pro próximo show deles, que comprei os bilhetes há uma semana. É dia 15/05, falta quase um mês, mas tenho certeza que vai ser lindo. Eles são lindos.

Fiz a lista de compras mais saudável da minha vida. Tem uma seção só pras coisas pra fazer salada. Agora, se eu vou afinal comprar tudo isso, e ainda, se eu vou afinal comer tudo isso, só Deus sabe.
Vou registrar aqui pra possíveis consultas futuras:
*Coisas pra salada legal:
chia
azeite
feijão
peito de frango
vinagre balsâmico
cenoura ralada
alface picada
cogumelos
tomates
grão de bico
linhaça

Eu tava pensando em fazer um mês de comida saudável. Comer mesmo coisas mais saudáveis, beber mais água, caminhar 3x por semana, pra ver se melhora meu metabolismo. Na verdade, pra ver se faz alguma diferença na minha vida. Também, anotar o que eu como, pra saber depois o que deu resultado ou não... Vou começar com uma semana. Pronto, essa semana será de comidas saudáveis. Ain, comida japonesa é saudável? Porque eu gosto tanto rsrsrs... Então, semana de comidas saudáveis, começa hoje (Domingo, dia 19).

Tá, eu posso comer porcarias, um dia por semana. UM DIA. Vai ser difícil, but go.

terça-feira, 14 de abril de 2015

conversas estranhas

Eu acho que não entendo as pessoas. Tipo, as pessoas vem, do nada, falar comigo sobre coisas que não me dizem respeito. E eu falo pessoas porque não são amigos, são pessoas, conhecidos, que tenho, no máximo, um carinho. O que me parece é que elas me escolhem pra abrir seu coração. Sei lá.

Falam de coisas da sua família, de seus problemas, de seu passado, contam suas histórias. Eu devo ser muito simpática, e fazer uma cara muito interessada, porque quando o fulano termina o assunto e eu penso "Vish, agora fiz uma cara de desinteressada... fui mal educada...", a pessoa desata a contar outra coisa. Ou seja, eu devo ter fingido muito bem que estava super interessada!

Mesmo amigos de verdade, às vezes desatam a falar, e eu me perco no assunto. Não consigo me concentrar por muito tempo sem fazer perguntas ou voltar na conversa. Se isso acontece com amigos, com os quais eu me preocupo e me interessam, imagina com pessoas que eu não preocupo? Pois é.

E o pior é que quando eu conto alguma coisa do gênero, a pessoa não parece muito animada em ouvir. Daí eu já pensei assim: a pessoa viu que eu não estava interessada no papo dela e está apenas me devolvendo o desinteresse. Maaas, e por que então ela falou tanto tempo sem parar? Não sei. Não deve ser isso.

Acho que a solução é eu continuar com as caras que eu faço, que parecem estar convencendo.

quarta-feira, 1 de abril de 2015

ô preguiça de férias de páscoa!

To na merda.
Me sentindo sei lá como. Só sei que tô totalmente sem vontade de estudar. Fazia tempão que não me sentia tãaaaaaao inútil.
Daí resolvi escrever um email pro meu professor do Brasil, porque eles sempre falam que quando a gente precisasse conversar, estivesse desanimando ou desanimado e tal era pra contatar eles. Escrevi, mas não tive coragem de enviar. Porque me sinto burra; eu sei o que devo fazer e não faço. Eu sei como devo proceder, quais serão as consequências de cada ação que eu tiver, mas mesmo assim continuo parada. Sem estudar.
Sei lá.
Como não enviei, decidi colocar ele aqui. Também sem motivo explícito, apenas por vontade mesmo.
O email ficou o seguinte:

"Boa tarde, Prof. Fulano!

Tudo bem por aí? Estou escrevendo porque você pediu que eu eu avisasse sempre que precisasse conversar com vocês.
Estou com uma imensa vontade de desistir. São coisas demais pra fazer, não sei por onde começar. Não entendo as coisas que tento estudar. Física parece um sonho imensamente distante, e a prova é apenas no final do semestre, então ainda nem tentei.
Mas o exame de recurso especial de Análise Numérica, pelo que eu havia organizado no início do semestre, deveria ser na semana que vem. Como tive prova de Análise Complexa na semana passada (e não correu muito bem), acabei não estudando para numérica e preferi não marcar a prova. E fiz certo em não marcar, porque o estudo não está rendendo nessa semana. Mesmo sabendo que minha dupla diplomação depende desses estudos e do meu esforço e das coisas que eu fizer, eu não consigo me motivar o suficiente para conseguir me concentrar nos estudos.
Sei que devo estar parecendo burra ou boba ou trouxa porque sei o que devo fazer e não faço, mas é porque não consigo. Olho para os livros e sinto o mesmo que sentiria se olhasse para uma pedreira: vontade nenhuma de mudar o que ali está."

Parei por aí, nem sei mais o que deveria escrever. Como não enviei, não faz diferença.
Eu vou retirar dois livros, talvez eu tome coragem pra estudar hoje à noite. Ao menos pra fazer valer o peso que eu vou carregar (eles são enormes, preciso fazer valer algo...).


Preciso dizer também que as pessoas confundem minha simpatia com liberdade. Fiquei uma semana sem falar com a pessoa que me magoou pra caramba. Na verdade, uma semana e dois dias. Voltei a falar ontem. Hoje a pessoa já me manda um áudio dizendo que vai ficar sem internet por um tempinho porque vai jogar futebol, mas que a gente VAI caminhar às 17h30. Tipo OI??? Quá comando mi. Problema teu se vai ficar sem internet. Eu vou caminhar quando eu quiser. Bjs.
Ignorei, apenas. Nem vale a pena responder. Não queria ser estúpida. Mas foda-se.

terça-feira, 24 de março de 2015

opiniões líquidas

Não sei exatamente o porquê, mas nas últimas semanas eu venho percebendo o quanto eu mudei de opinião nos últimos dois anos. Sobre assuntos pessoais e sociais. Sobre aborto, sobre LGBT's, sobre o papel da mulher na sociedade, sobre o meu futuro, sobre maioridade penal, sobre meus amigos, sobre machismo, feminismo, política, e a putaquepariu.

Eu era total e completamente contra o aborto até bem pouco tempo atrás, e hoje me envergonho disso. Não acho que todo mundo possa ficar transando à vontade sem proteção e abortar depois (até porque sexo não resulta apenas em gravidez), mas muitas vezes acontecem acidentes, e se o pai resolve não assumir (e aborta), por que a mãe precisa criar o filho sozinha? Isso precisa ser uma opção da mãe. Chega de crianças abandonadas. Chega de crianças infelizes em orfanatos, ou morando com tios e avós que não dão o amor e apoio necessários. A mãe se responsabilizou? Ótimo! Mas se ela não se vê em condições (psicológicas, financeiras ou sei lá qual seja) de criar uma criança naquele momento, ela precisa poder optar. E nem venha com aquela conversa de que "se ela não quisesse, então não abriria as pernas" porque isso é a coisa mais ridícula. Sim, acontecem falhas: camisinha estoura, algum medicamento corta o efeito do anticoncepcional, e outras coisas. Nada é 100% seguro.

Sobre LGBT's: antes eu dizia que não era preconceituosa. Dizia. Mas ainda sou, um pouquinho. Não adianta eu mentir. Eu ainda sou um pouquinho, sim. Mas hoje eu quero mesmo que cada um seja feliz, não importa com quem. Cada um tem seus buraquinhos e dá pra quem quiser. Eu não tenho nada com isso. Digo e repito: o mundo seria um lugar imensamente melhor se cada um cuidasse apenas da sua vida. O que cada um faz não diz respeito aos outros! Quanto ao meu preconceito enrustido: eu não tenho muita paciência com afeminados. Como também não tenho paciência com pessoas que gritam e fazem escândalos. Tenho alguns amigos que são afeminados, mas não gritam. Amo eles. Mas quando começam a fazer escândalos, please, para. E também não gosto que fiquem me chamando de 'sapatona' e fazendo umas piadas desnecessárias, que só os gays riem. Não gosto disso nem quando grupos héteros fazem, e ficam segregando. Pode parecer um preconceito, já que é contra uma minoria, mas quando é contra a maioria não parece preconceito. Enfim, hoje eu quero mesmo é que sejam felizes.

Papel da mulher na sociedade renderia páginas e páginas (mas eu estou meio sem tempo pq tem prova essa semana e eu preciso dormir e estudar...), e os outros assuntos também. Talvez daqui um tempo eu exponha minha opinião sobre essas coisas, hoje só queria dizer que
*sou contra o machismo e o feminismo radicais, mas sou completamente a favor da boa educação;
*sou contra a maioridade penal;
*sou contra o impeachment ou ditadura ou qualquer loucura dessa gente que não pensa, mas apoio uma reforma política;
*não pretendo fazer concurso público da prefeitura da minha cidade quando eu voltar para o Brasil, porque vou ficar limitada a minha cidade e não pretendo morar eternamente lá. Perdão, família;
*tenho os melhores amigos do mundo.

Era isso por hoje. Beijo, migues! :*

segunda-feira, 23 de março de 2015

Obrigada, thank you ♥

Eu serei injusta comigo e com outras pessoas se não registrar isso aqui.Tive uma decepção em um relacionamento que não chegou a ser amoroso, mas também não foi apenas sexual, mas foi mais que amizade. Não sei definir. Enfim, decepcionei, quebrei a cara, fui praticamente traída, foi isso.
E amigos me ampararam. Sim! AMIGOSS. Ter alguém que ampare já é assustador, e ter isso no plural, então, é quase inacreditável! rsrs

Mas foi.

E sério, eu agradeci e agradeço a Deus por eles. São as melhores pessoas. Nomeadamente: Munhol, Je, Xavez, Amanda e Varjão. Munhol e Je sabem da história desde o início. Xavez não sabe da história, só percebeu que eu tava mal e deu o apoio necessário. Amanda ficou sabendo da história hoje e me tirou 50kg das costas; mesmo conhecendo a figura, me apoiou totalmente e sua doçura me contaminou. Varjão não sabe da história, não me conhece além do facebook, mas tem um carinho e um carisma e uma doçura que tocam o meu coração; impossível não ficar bem conversando com ele.

E sim, eu tenho amigos. Eu tenho pessoas com as quais eu posso contar, é só eu procurar direitinho. Além destes, tenho Rafa, Rosy, e também não negariam me escutar o Nórton, o Lucão, a Pati. E devem ter outros nomes. Eu só preciso ter coragem. De me abrir, de expôr meus sentimentos, minhas fraquezas, meus pensamentos.

Era isso. Só queria agradecer, mesmo que a maioria não leia. Obrigada, do fundo do meu coração. 

It's all a mistake.


"Real is real,
it's all a mistake, all a mistake,
real is fake,
real is real,
it's all a mistake, all a mistake,
real is fake,
real is real"

quarta-feira, 18 de março de 2015

eu miss? never.

Não me contenho. Preciso me comparar a uma candidata a Rainha de um distrito da minha cidade. Peguei as perguntas que elas (as candidatas) respondem e vou responder também. Vou fingir que sou candidata, mas vou responder com sinceridade.


Vamos conhecer melhor mais uma candidata a Rainha do Distrito X.
É a vez de Thaís Lalala!
- Qual sua comida predileta? Não tenho uma comida predileta, mas massas me seduzem.
- Um hobby? Viajar.
- Com uma palavra diga, família é? Base.
- Seu signo? Gêmeos.
- Um lugar? Meu quarto, na casa dos meus pais.
- Uma música? Amizades, de Lulina.
- Um livro? Eu sou o mensageiro, de Marcus Zusak.
- Um filme? Her (em inglês pra ficar mais chique. sqn).
- Uma cor? Roxo.
- Uma aventura? Viajar sozinha.
- Bebida predileta e por quê? Gosto de vinhos, mas depende da ocasião.
- Um esporte? Vôlei (não que eu pratique, mas é o que eu gosto mais).
- Uma inspiração? As pessoas.
- Ser feliz é? Fazer o que nos agrada e nos faz realizados.
- Distrito X é? Lindo e turístico (não quero ser a miss, nem sei o que responder nisso!).
- Um sonho? Atingir os 120 ECTS's.
- Uma palavra? Calma.
- Sua maior virtude? Amizade.


Agora compara com as respostas originais de uma das candidatas.


Vamos conhecer melhor mais uma candidata a Rainha do Distrito X.
É a vez de Ana Silva!
- Qual sua comida predileta? Salmão ao molho mostarda.
- Um hobby? Andar a cavalo.
- Com uma palavra diga, família é? União!
- Seu signo? Áries.
- Um lugar? A casa dos meus avós.
- Uma música? Times Like These - Foo Fighters.
- Um livro? Anjo de 4 patas por Walcyr Carrasco.
- Um filme? Um sonho de liberdade.
- Uma cor? Verde.
- Uma aventura? Viajar.
- Bebida Predileta e por quê? Vinho tinto - Merlot. Pois o Merlot é um vinho macio e sedoso ao paladar, cheio de fruta, encorpado, de personalidade e elegância. Com aroma denso e com acidez e álcool equilibrados.
- Um esporte? Rugby.
- Uma inspiração? Família.
- Ser feliz é? Fazer o que nos faz bem.
- Distrito X é? É referência nacional, pelo exemplo de luta, superação e vitória.
- Um sonho? Ser uma excelente profissional na área que pretendo atuar, e ter um futuro promissor.
- Uma palavra? Coragem.
- Sua maior virtude? Sinceridade.

Sinceramente? Nem quero ser Rainha nem nada dessas coisas. Claro que seria super legal, mas não tenho tempo pra gostar dessas coisas chiques. Eu acho super bacana e admiro as meninas que fazem esse trabalho, que se doam pra divulgar sua região e tal, mas sei lá. Acho que não presto pra essas coisas hahaha.

Enfim, é só uma comparação boba e inútil. Pra rir um pouco.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

estudar e pedro lamares

Então. Tenho que estudar, mas não tenho vontade, como sempre.

Passa pela minha cabeça quantas vezes já senti isso, por quanto tempo já senti isso.
Parece que escrevo isso no blog desde que me conheço por gente. Me descobri como pessoa em Portugal? Talvez.

Alguém me falou na semana passada: quem eu era há dois anos atrás? Quais eram os meus desejos e minhas expectativas? Quanta coisa eu sabia? Quem eram os meus amigos? Quantas pessoas eu conhecia? Com 'quanto mundo' eu tinha contato?

E hoje: quem eu sou? Quais são meus desejos e minhas expectativas? Quanta coisa eu sei a mais? Quem são os meus amigos? Quantas pessoas eu conheço? Com 'quanto mundo' eu tenho contato?

Essas coisas são interessantes de se pensar. Eu estou muito no lucro, contabilizando meus últimos dois anos. Nunca aprendi tanto. Nunca cresci tanto. Nunca mudei tanto de ideia e opinião. Nunca me conheci tanto...

Mas, na verdade verdadeira, eu vim aqui no blog pra falar de um cara. Acho que ele é ator. Só sei que ele declama como ninguém. Eu tenho a impressão de que mesmo se ele declamar um poema meu vai parecer a coisa mais linda do mundo (e eu nem escrevo poemas, tenho talento nenhum para poemas e poesias). A voz dele e o jeito que ele declama, lê, fala e etc. é o melhor jeito do mundo. Não sei descrever.
Seu nome é Pedro Lamares. E eu casaria com ele sem pensar duas vezes.


Era isso. Tenho que estudar análise numérica... mas esse cara é demais. Apenas. Tem um programa que ele apresenta na RTP que é também ótimo. Fica o link: http://www.rtp.pt/play/p1747/literatura-agora .

Vou (fingir que estou) estudar(ando).

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

nham nham :3

Eu vivo me aventurando na cozinha. Gosto de experimentar receitas novas, fazer coisinhas gostosas para eu comer e para as outras pessoas também. Só que, às vezes, as coisinhas não ficam gostosas como o esperado. Tudo tem seus poréns, né.

Muitas vezes (muitas mesmo) bate aquela vontade de comer um doce, tipo às 22h, quando não dá pra sair para comprar nada. Quando tenho a sorte de encontrar um leite condensado no armário ou na geladeira, ou umas frutas perdidas por aí, consigo fazer alguma gororoba pra matar a vontade, tipo essas aqui:

Mousse de limão pá-pum
*Meia lata de creme de leite, meia lata de leite condensado, duas ou três colheres de sopa de suco de limão (ali, espremido na hora)...
~ é só misturar bem o creme de leite e o leite condensado e ir espremendo o limão e misturando... o negócio vai endurecer. Colocar no congelador, para gelar mais rápido (uns 15min tá ótimo) e voilà! O ideial é consumir no mesmo dia ou no dia seguinte, porque o limão vai deixando o treco mais azedo (dois dias depois já não é tão bom).

Sorbet milagre
*uma banana e uma colher ou duas de geleia de qualquer coisa boa
~ é só esmagar a banana e misturar a geleia e deixar uns 20min ou meia hora no freezer (ou congelador), ou até endurecer, se estiver com paciência. Já está! :3

Mas e quando não tem? 
Hoje, revirei essa internet e não achei nenhuma receita que eu tivesse todos os ingredientes (fim de bolsa, não tem nem creme de leite em casa...). Até que lembrei que tinha bolacha maria e que podia fazer algo com ela. Mas só achei receitas com creme de leite.
Então resolvi inventar:

Sorbet milagre 2
*bolacha maria, xarope para refresco ou geléia, leite
~ quebra a bolacha maria o máximo que der, usando o fundo de um copo e tal. Tipo moer a bolacha. Mistura umas duas colheres do xarope ou geléia e um pouco de leite, pra ficar um creminho. Deixa gelando o quanto aguentar esperar, ou até ele endurecer. É isso.

Preciso dizer que esta foi uma receitinha que não deu certo, porque usei o xarope e ficou doce pra caramba! Mas vou tentar com geléia e tenho certeza que vai ficar melhor. Até chocolate derretido ou nutella ou chocolate em pó vale. O importante é usar a imaginação.

Esse é o meu segredo na cozinha: imaginação. Eu quase nunca sigo receitas, por mais que eu saiba que isso significa uma chance enorme de meu quitute ir parar no lixo. Mas eu não consigo seguir uma receita... eu sempre coloco algo a mais, ou aumento a quantidade de algum ingrediente, ou sei lá. Quando eu vi, já modifiquei. Eu não consigo seguir. E já aceitei isto como uma característica minha e pronto. :)

sábado, 3 de janeiro de 2015

veja:

Volta e meia, tem aquele momento que a gente sente que não tem amigos. Que precisa falar, mas não sabe pra quem. Que decide falar, mas a pessoa não está disponível. Que espera um amparo, um contato que não vem, não acontece.

Eu sinto essas coisas quando não estou bem comigo mesma, e espero um pouco de carinho e motivação das pessoas que eu gosto, mas parece que tudo flui para eu continuar nesse espírito down. Eu fico esperando algo que não chega. Ações que não acontecerão.

Eu falo pra mim mesma que preciso aprender a viver só, que não posso depender dos outros para ficar bem e blá blá blá, mas quando eu fiquei assim porque me decepcionei com a pessoa que eu mais considerava e tinha por perto, faço o quê?

Caio de novo naquela história de que eu me importo demais com o bem estar dos outros, e não posso esperar que se importem comigo da mesma maneira. Eu fico triste comigo mesma quando desaponto alguém ou quando faço alguma desfeita ou coisa do gênero, mas são poucas as pessoas nas quais eu vejo o mesmo sentimento.

Você me deixou triste!!! Não se preocupa com isso? Isso não faz diferença pra você? Já cansei de tentar falar com você, está sempre mais ocupado com outras pessoas. Me sinto sempre incomodando ou atrapalhando seus bons momentos. Esperava, sinceramente, estar fazendo alguma falta pra você. Esperava um contato seu. Mas ok.

Desculpa a franqueza, mas uma carta linda e cheia de fotos não diminui nada disso.
E se você ainda achava que eu não escreveria nada aqui por medo de que você fosse ler, aqui está: não precisa ter motivos pra isso.

Me sinto tão infantil fazendo isso. Mas eu preciso falar, e, escrevendo aqui, se chegar até você, muito bom; mas se não chegar, eu sei que você nem lê meu blog mesmo, então não vou me sentir mais ignorada do que me senti até agora.

Era isso. 

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

feliz 2015!

Primeiro quero falar do quanto é bom acordar no primeiro dia do ano (com a ressaca do dia anterior, mesmo que sem bebida, pelo cansaço mesmo) e comer rabanadas. Doces e gordurosas. Mas é o melhor café da manhã do ano.

E agora um desabafo.
Se preciso começar o ano reclamando? Claro que sim. Mas pode ser apenas um comentário, depende do ponto de vista.
Eu preciso comentar sobre o quanto me irrita a futilidade, a necessidade das pessoas de mostrarem que estão tomando chimarrão, por exemplo.

- Nossa, ela está tomando chimarrão! Que legal! Gosto dela!

Não é assim.
A mania de postar fatos e fotos sobre tudo o que está acontecendo me irrita.
Ontem, durante os fogos de ano novo, havia muita gente tirando fotos e fazendo vídeos... enquanto tirar fotos dos fogos de ano novo for mais importante que ver os fogos e internalizar que um novo ano se inicia, o mundo não será um lugar verdadeiro.

Acho sim importante registrar os momentos. Mas registra-se antes e depois. Quem filma ou fotografa um 'parabéns a você' não está batendo palmas. Enquanto você posa para tirar fotos com os fogos de artifício ao fundo, você não os vê. Eles estão nas fotos com você, mas você não os viu. Para mim, isso significa nada.

Acho sim importante registrar os momentos, mas acho importantíssimo vivê-los.
Viva um momento bom e registre-o no seu coração. Tenha uma foto da situação, para lembrar do momento.

O que me irrita é, por exemplo, um grupo de pessoas vai a um local qualquer. Tiram fotos em grupo e cada um tira uma foto individual e vai tudo para o facebook. Queridos, eu já sei que vocês estão em tal lugar e fazendo tal coisa, não precisam repetir tantas vezes assim. Quer uma foto? Ótimo! Tire e guarde para si. Vem de novo aquela história das necessidades que as pessoas têm de receber curtidas, comentários ou visualizações para determinar a qualidade do que publicou. E eu também tenho essa necessidade! Mas eu tenho consciência do quanto é negativo e estou tentando modificá-la.

E sim, eu já fiz isso. Já tirei fotos pra ostentar. Já deixei de aproveitar momentos para fotografá-los. E às vezes ainda faço isso. Mas sempre me dói o coração. Sempre tento aproveitar o máximo possível e fotografar o menos possível. Até porque as fotos se perdem...

Então, acho que era só um desabafo, mesmo.

Desejo do fundo do meu coração que em 2015 as coisas sejam lindas, os momentos sejam inesquecíveis, as pessoas sejam felizes e a vida seja leve. Bom Ano!