sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Obrigada, gracias, grazie, thank you, danke, ...

Agradecer, agradecer e agradecer. Foi o que eu mais fiz nos últimos dois meses. Mentalmente, claro. Verbalmente deve ter sido lamentar e reclamar. Mas, mentalmente, foi agradecer. Agradeci a Deus ou o Cosmos ou sei lá o que é por ter chegado onde cheguei, e não fiz promessas nem pedi o que queria. Simplesmente agradeci.

Agora, de uma maneira entendível: durante os meses de junho e julho, fiz muuitos exames e provas em Portugal. Era final de semestre, final de intercâmbio, e cada passo era decisivo para a minha dupla diplomação (ou não). É claro que eu queria o diploma português, queria fechar todos os ECTS's que eram o objetivo do 'intercâmbio' desde o início. É por isso que se chama 'Licenciaturas Internacionais', que dizem 'Graduação Sanduíche' e não, simplesmente, intercâmbio. Mas eu estava cansada. Cansada de estudar e estudar. Cansada da pressão que, na maioria das vezes, quem colocava sobre mim era eu mesma. Cansada de ver outras pessoas curtindo as férias enquanto eu estava ainda estudando. Mais de cem vezes, pensei em desistir. Já não sabia se todo o esforço para passar nas disciplinas, que, pra mim, eram um bicho de quarenta cabeças, valia a pena. Eu só queria abraçar meus pais. E minha cama. Então, seguindo a legislação da universidade, solicitamos que eu terminasse as coisas por aqui, fazendo a última prova necessária para aprovar na última disciplina necessária para a dupla diplomação, em setembro.

No fim de julho e início de agosto, viajei. Não saí apenas da minha cidade, mas saí de mim. Foram dias incríveis. Viajar sozinha também foi bastante interessante.

Tenho o costume de, quando entro numa igreja que nunca havia entrado, fazer um pedido. Em todas as igrejas que visitei no primeiro ano, o pedido foi sempre o mesmo: atingir os créditos necessários para ficar o segundo ano em Pt. Após isso, o pedido mudou um pouquinho: atingir os créditos necessários para a dupla diplomação. Nessas últimas viagens, não houveram pedidos. Apenas agradeci, de coração, por ter chego até ali. Por ter a chance de conseguir. Talvez fosse a hora que eu mais precisasse pedir ajuda para atingir meu objetivo, afinal foi quando lutei mais intensamente por ele. Mas eu apenas agradeci. Tudo já havia sido suficiente.

Agradeço ainda: às pessoas que me auxiliaram com os conteúdos: sem vocês, eu não teria conseguido. Às pessoas que ajudaram com mensagens positivas: sem vocês, eu não teria conseguido. Obrigada, do fundo do meu coração. Gostaria de um dia poder fazer algo que seja importante para vocês como vocês foram para mim. Muito obrigada.

Também agradecer aos que não acreditavam, duvidavam, achavam que eu apenas festava em Pt, que eu não atingiria o objetivo: eu teria conseguido sem vocês, mas agradeço da mesma forma. Colaboraram, mesmo sem querer, me dando força para chegar onde EU queria. Obrigada.

Enfim, mesmo dois anos depois de ter saído daqui (e ter começado esse blog), eu ainda não acredito no que vivi. Parece que tudo foi um sonho. Sempre fico sem saber o que dizer quando as pessoas me perguntam "Como foi viver lá?". Respondo, apenas, que foi incrível, justamente por ainda nem acreditar em tudo isso. Porém, mesmo tendo finalizado esta fase, inicia-se (assim que a greve findar) a outra fatia do sanduíche. Mais três semestres me esperam, para que eu possa ter nas mãos a tão desejada dupla diplomação. Uma fase se foi, mas ainda há bastante trabalho pela frente.

E, depois disso, ainda não se sabe o que acontecerá... até lá, tenho tempo para decidir. 

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