segunda-feira, 7 de setembro de 2015

é só um desabafo para mim.

Eu não quero reclamar. Quero apenas falar, sem obrigar ninguém a ouvir.
Assisti já três ou quatro episódios de Monk hoje. E ele ta sendo meu ponto de fuga. Eu não quis ir na minha vó com a minha mãe e fiquei com a consciência pesando por isso. Minha consciência diz que eu deveria ter ido. Que a companhia da minha avó era melhor do que eu ficar entulhada no quarto vendo série. Mas eu resolvi ficar, e fiquei.

Já é noite. Meus pais estão brigados. Eu não sei o que houve (pelo visto, minha mãe também não, ou ela sabe mas não quer acreditar). Meu pai acabou de ir para o ensaio dele. Eu to carente, querendo conversar com alguém, mas nem sei sobre o que. Acho que, na verdade, eu só queria um pouco de atenção. Mas ok.

Eu sinto falta de Aveiro. Quando eu estava lá, às vezes, tudo o que eu queria era estar perto dos meus pais. Eu achava e sentia que, estando perto deles, todas as coisas se resolveriam e ficaria tudo bem. Mas não foi bem assim... eu continuo me sentindo sozinha, mesmo com eles por perto. E não sei por quê.

Eu queria voltar a dançar. Sinto muita falta da dança, meu corpo sente falta, dançar me faz bem. Mas eu não me sinto parte do grupo. Não me sinto importante lá dentro. Meu orgulho não me deixa voltar, assim, do nada. Voltar sabendo que falei que nunca voltaria a dançar lá, sabendo o que as pessoas de lá falaram de mim, com tanta coisa contra.

Eu gosto de falar sobre o que vivi lá longe. Eu falava muito pouco quando estava lá, conversava com meus pais umas duas horas por semana, com meus amigos e irmã e cunhado ainda menos, e quero falar sobre como era na Espanha, na Itália, na Alemanha. Só que ninguém parece muito disposto a ouvir. Nem meus pais. Eu sinto necessidade de falar. Mas quando falo, as pessoas não se mostram a fim de saber.
Não é que eu queira exaltar que lá estive, mas é que eu simplesmente vivi aquilo. Não quero mostrar que estive na Europa, simplesmente tive a tal experiência na Europa. Não quero inveja de ninguém. Queria apenas compreensão.

Eu sinto falta do G. Já faz mais de um mês que nos despedimos, então to bem menos apegada e tal (até porque já sofri um bocado). Mas ainda sinto falta. Ainda tenho saudade e ainda queria que ele correspondesse o que sinto.

Acho que era isso. 

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