sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

um pé de nós dois (8)

Sorriso Madeira
Marcelo Jeneci



"Seu sorriso pra mim viu
É madeira
Seu sorriso pra mim viu
É madeira
Ahá, de jacarandá, com cheiro de hortelã
Se me der um beijo escorre a seiva do desejo

Seu sorriso pra mim viu
É madeira
Seu sorriso pra mim viu
É madeira
Falei que eu tô em extinção
Você também meu bem
Então vamos ali plantar no seu quintal
Um pé de nós dois, nós dois
Só nós dois

Quem já chupou caju no pé
Sabe o que toda fruta quer
Lambuzar a sua boca
Por elã na tua roupa
Te amarrar, te deixa toda
Com vontade de manhã

Seu sorriso pra mim viu
É madeira
Seu sorriso pra mim viu
É madeira
Falei que eu tô em extinção
Você também meu bem
Então vamos ali plantar no seu quintal
Um pé de nós dois, nós dois
Só nós dois"



Quando a melodia é boa, juntando com uma letra doida a música fica irresistível. *-*

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Amarelices

Era uma casa amarela. Daquelas meio antigas, com uma porta e duas janelas, uma de cada lado. Daquelas que a gente passa na frente e fica imaginando o que tem dentro...
A porta e as janelas estavam encostadas, mas via-se as luzes acesas e algum burburinho. De vez em quando, alguém aparecia na janela, espiava, e a encostava novamente. O dia estava bonito, anoitecendo.
Parou em frente à casa um fusca amarelo. Desceu o motorista, auxiliou a senhora que estava no carona a descer. A senhora tinha idade avançada, cabelos brancos e curtos. Ele auxiliou-a a subir os três degraus até a porta, e, quando a porta se abriu, mesmo eu estando à uns trinta metros de distância, pude ouvir um coro: "Parabéns pra você, nessa data querida...". A senhora parou na porta, e o homem atrás dela, parecia que estava segurando-a. Ou ajudando ela a ficar em pé. Vi balões coloridos dentro da casa. Conclui que era uma festa de aniversário para a noninha.
Meu ônibus (também amarelo) apareceu na esquina, chegou na parada. Fui para casa. Também era meu aniversário.


(T.)

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

ideia (:

Dor de cabeça. Sair na rua com o cabelo molhado dá nisso, né.

Sabe, acho que vou tentar começar a escrever histórias. Podem ser crônicas, ou qualquer coisa assim. Contos. Seria no mínimo interessante. E se eu gostar, posso usar isso contra mim, por exemplo "tu só vai escrever essa história que tu tá pensando depois que tu fizer os temas da disciplina tal". Pode dar certo. (:


Bjs ;)

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

até o fim raiar (8)

"Pra nós, todo o amor do mundo

Não, tô apaixonada não.
Só tô com essa música na cabeça. Gosto mucho do álbum Perfil, do Los Hermanos. Mucho mesmo. (:

Teria certas coisas pra colocar aqui, mas parece que se eu colocar elas vão ficar piores do que já são. Então deixo-as subentendidas mesmo.

Só deixo então um beijo, um queijo e uma melancia. E o desejo de que a semana seja ótima. (yn)



* Tem uma música desse álbum que ele fala assim:

"[...] Quis nunca te ganhar
Tanto que forjei
Asas nos teus pés
Ondas pra levar [...]

Sei, tanto te soltei
Que você me quis
Em todo lugar [...]"

Bom seria se todo o relacionamento fosse assim. Ter liberdade pra fazer o que quiser (com respeito, óbvio) e conseguir dar essa liberdade pro outro. Seria perfeito!

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Pedido:

Sério, se tu está lendo isso sem que eu saiba, por favor me avise. Eu sempre sou sincera contigo. Eu não vou mudar o que posto aqui, nem nada. Só preciso que tu sejas sincero comigo como sou contigo. Juro que não vou perguntar como tu descobristes o endereço, nem nada. Não farei perguntas, só preciso da tua resposta.
Por favor, não me faça perder a confiança na única pessoa verdadeira que ainda tenho por perto.
Obrigada.



E quando se tem medo, o que se faz?

Às vezes a gente começa a pensar em coisas que a gente não pensava antes. E em coisas que a gente nem sabia que existiam dentro da gente. Mas que alguma pessoa (por motivos muitas vezes ignorados) coloca uma pulga atrás da nossa orelha.

Eu prefiro as coisas diretas. Ou, um misteriozinho de vez em quando é bom, mas desde que se resolva depois. Sem muito tempo entre o mistério e a resolução. Senão fica chato.

E não, problemas não me movem.

O que me movem são respostas. Se tenho apenas problemas e não tenho respostas, continuo no mesmo lugar. Porém, quando tenho respostas, posso me dedicar à busca de outras respostas. E isso sim me motiva.


Beijo e boa noite, ;)

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

na cozinha...

Ei, você, que está em algum lugar do mundo e é uma pessoa com o qual eu vou morar junto, um dia. (Espero sinceramente que uma das pessoas que eu more junto no futuro seja meu cônjuge. Isso serve pra você também, futuro cônjuge.)

Gostaria de saber: a gente já se conhece? Acho que ainda não. Onde você mora? O que faz da vida? O que será que está fazendo neste momento?

Acho que tenho umas coisas sobre a cozinha e comidas pra contar sobre mim, pra que ao menos você não se apavore quando me conhecer. São coisas bobas, mas eu gosto dessas coisas bobas.




Partiu:

Quando você cozinhar pra você, use o que quiser e coma o que quiser, cozinhe do jeito que você quiser! Por favor, porque eu vou fazer isso. Quando é pra mim, eu uso os temperos que eu gosto. Se você me avisou dois minutos antes de ficar pronto, não reclame se eu coloquei ervilhas e você não gosta.

Tenho uma dificuldade imensa em comer espaguete quando a pessoa que o cozinhou quebrou-o no meio. Por favor, se não conseguir cozinhar espaguetes inteiros, cozinhe macarrão, massa parafuso, caracolinho, ou qualquer coisa do gênero. Mas não quebre o espaguete, por favor.

Massa é boa 'al-dente'. Não cozinhe a massa por tempo demais! A digestão é mais difícil, comer é mais difícil. Massa é muito melhor cozida 'al-dente'.

Sopa a gente faz com arroz, com legumes, ou com massa fina, tipo letrinhas ou cabelo-de-anjo, essas massas pra sopa mesmo. Não coloque espaguete na sopa.

Por favor, se você fez comida, coma tudo. Se fez pra dividir comigo, eu peguei e ainda sobrou, foi você que fez, então dê jeito na sobra. Coma. Guarde. Coloque fora (não!). Mas não deixe ali  em cima do fogão por uma semana esperando que ela desapareça. Eu juro que guardo sempre também.

Não coloque comidas que eu ainda esteja comendo fora. Como a mortadela com temperos que você olhou e julgou que fosse mofo. São temperos. Olhe direito que você vai se sentir um idiota.

Tente, por favor, não jogar comida fora. Sei que essa conversa possa parecer ridícula, mas há MUITAS pessoas no mundo passando fome. Muitas mesmo. Você não tem direito de jogar comida no lixo. Simplesmente isso.

Se você comprou frutas ou legumes, não deixe-as estragar. Os que eu compro, eu dou um jeito de comer antes de estragar. Faça o mesmo, por favor. Isso vale para bolachas e qualquer outra coisa comestível também.

Sim, eu também amo iogurtes. Mas, por gentileza, comeu, lavou o potinho e colocou no lixo. Não deixe acumular potes sujos de iogurte na pia da cozinha. Obrigada.

Se o lixo (orgânico ou reciclável) está cheio, leve até a rua. Não é obrigação só minha. Você também produz lixo.

Quando eu fizer comida pra você também, se estiver ruim, pode falar. "Falta sal", "tem sal demais", "tá meio estranho..." não matam ninguém. Eu invento muito na cozinha e nem sempre fica bom. Mas não me diz que tá bom e não come. Ou coloca meio prato no lixo (já falei que odeio que comida vá pro lixo!).

Quebrou um copo, compre outro. Quebrou um prato, compre outro. Assim, nunca vai faltar nada. Vai quebrando e quando vemos, não tem mais nada de utensílios em casa.

Eu não vou me incomodar nada se você também lavar os panos de prato! Sério, juro. Se você quiser passar um pano na cozinha ou trocar o tapete da pia, também não vou reclamar. Se sinta à vontade, afinal você também usa (leia-se SUJA).

Eu cozinhei, você lava a louça, mas eu deixo tudo arrumado: toda a louça suja na pia, temperos e coisas guardados nos seus devidos lugares. Então: você cozinhou, eu lavo a louça. MAS DEIXE TUDO ARRUMADO: guarde o que usou! Limpe a bancada, a mesa ou onde fez sujeira.

Não tenho problema em deixar louça suja na pia. Quer deixar o prato, copo, ou sei lá o que você usou e não quer lavar agora, sem problema nenhum. Desde que deixe no seu cantinho da pia. Eu deixo as minhas louças sujas no meu cantinho. Quando quero, lavo (ou quando vejo que não há mais nada limpo). Mas depois, lave. Quando ver que há várias coisas lá ou que já não há mais nada limpo. Obrigada.




Teriam outras coisas ainda, mas acho que essas são as mais importantes. E por favor, me diga suas especificações na cozinha. Prometo aceitá-las na mesma proporção que você aceitar as minhas. :)


domingo, 19 de janeiro de 2014

Dominguét's

Eeeeeeeee eu estou passando por aqui hoje porque sinto que devo passar. Só por isso.

Li uma coisa no facebook hoje que gostei muito:

"Admiro quem sabe usar as palavras, mas admiro mais ainda quem sabe me deixar em silêncio." (Frederico Elboni)

Daí me diz: como não se encantar com uma pessoa dessas?

Eu sei que possivelmente ele e o Coiro só falem o que nós (mulheres) queremos ouvir. Mas eles são homens! E é muito bonito o jeito com o qual fazem isso tão bem.



E pra um fim de domingo, uma tirinha. (e parafraseando o Fred Elboni, "espero que você dê um sorriso. Ou dois.").










;)

sábado, 18 de janeiro de 2014

é.

E talvez, tudo o que eu precise seja um amor. Um romance. Alguém com quem eu deva me preocupar, alguém que eu deva cuidar.

E se eu passar a me preocupar mais comigo mesma? Se eu cuidar melhor de mim? Acho que é um bom passo para começar. Possivelmente, preciso apenas amar mais a mim mesma. Apesar de que isso é mais difícil do que amar qualquer pessoa.

Ontem estava olhando uns vídeos na internet, e assisti um do Frederico Elboni, onde ele falava sobre Orgulho e Autoestima. Vale a pena ouvir o que ele diz, faz muito sentido.



Acho que preciso melhorar minha autoestima. Se a pessoa não der o valor que eu esperava, tudo bem, eu tentei. Vá lá. 

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

pré-conceitos

Bom, andam falando pela internet que os brasileiros sofrem xenofobia em Portugal. Um conhecido português que vou chamar de H. (que gentilmente manda o pdf de um jornal diário português para mim e uma colega, todos os dias) nos mandou o link de uma reportagem que esse jornal fez sobre toda essa polêmica, pedindo que lêssemos. Acabei lendo a reportagem e escrevendo uma resposta para ele, que ainda não enviei por achar extensa demais. Mas, gostei tanto do que escrevi que resolvi postar aqui. 



(para entender a resposta, você precisa olhar o link... mas eu não vou me incomodar se não olhar e não quiser entender hahaha.)


"Olá, H.!

Eu li sobre a manifestação em Coimbra também... e acho que, como temos nosso 'pré-conceito' sobre os portugueses (que é desfeito por quem conhece Portugal), os portugueses também tem sua concepção sobre os brasileiros, muitas vezes construída com base nas novelas brasileiras ou em filmes como 'Tropa de Elite' (que só mostram o Rio de Janeiro, e só a parte ruim). Mas eu nunca diria para um aluno 'aqui não há a malandragem brasileira, vocês não poderão colar nos exames', como ouvi de uma professora no último semestre; aliás, não diria para ninguém, vindo de qualquer país. Então, eu entendo que a intenção não é de ofender, nem de demonstrar preconceito, mas não é agradável ouvir certos comentários sobre nosso povo, pois não somos todos iguais (como vocês também não são). Também ouvi de uma portuguesa que ela nunca deixaria sua filha estudar no Brasil, pois é um país muito violento. E não adiantou nada eu tentar explicar que o Brasil é grande, e há muitos lugares onde a violência é tão constante como aqui. Mas esta é a opinião dela; cada um tem a sua.
Já comentei várias vezes o quanto você nos auxiliou quando aqui chegamos, e que não esperávamos encontrar alguém que nos ajudasse, pois estudantes que tinham morado em Portugal por um tempo nos disseram que os portugueses não gostavam muito dos brasileiros... e em parte, isso é verdade, sim. Mesmo em sala de aula, é nítida a 'separação' entre os alunos portugueses e os alunos brasileiros. Poucos deles conversam conosco. Acho que isso se deve também ao nosso povo ser mais extrovertido e falante do que os portugueses, talvez eles se assustem com nossa espontaneidade, não sei.
Mas como há brasileiros bons e brasileiros ruins, portugueses bons e portugueses ruins, médicos bons e médicos ruins, professores bons e professores ruins, em todos os lugares, aqui passamos por essas situações onde nosso povo é tachado de algo desagradável, mas conhecemos pessoas maravilhosas que seremos eternamente gratas e fizemos amizades que vamos levar para o resto da vida. 

Perdoe-me pelo texto, mas é isso que penso sobre este assunto, e como ainda não havia parado para refletir, acabei escrevendo bastante.

Muito obrigada pela sua disponibilidade sempre!

Abraço,
T. "



Acho que já falei o suficiente no texto. Sofremos preconceito às vezes, sim, mas acho isso meio inevitável no atual contexto, sei lá.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

:)

E alguns pequenos gestos inesperados nos fazem tão bem... vindos, às vezes, de pessoas que não esperávamos.


Canção do Amigo
(Compositores: Vaine Darde / Rui Biriva / Elton Saldanha)

"Os amores, qual as flores, são encantos passageiros
Em chegadas e partidas, mas te digo, companheiro, amigo é pra toda vida
Todo amor cobra seu preço, brilha mas se despedaça
Beija e deixa cicatrizes, porém, as horas felizes, o amigo traz de graça.

Amizade, amizade, é dom divino da paz
É poesia e violão cantando a mesma canção com duas vozes iguais
São os diamantes da vida que brilham nos olhos da gente
Um amigo é para sempre, um amigo é para sempre

É um duende, é uma fada, é nosso anjo da guarda
A mãe, o pai, o filho, a eterna mão abençoada sempre estendida ao auxílio
Quando mesmo Deus nos falta, mesmo assim está presente
Pois se a gente leva um tombo, o amigo empresta o ombro e chora junto da gente

Amizade, amizade, é dom divino da paz
É poesia e violão cantando a mesma canção com duas vozes iguais
São os diamantes da vida que brilham nos olhos da gente
Um amigo é para sempre, um amigo é para sempre."


Acho que isso é amizade, sabe. É fazer o bem sem perceber, é gostar de quem gosta da gente, é ajudar quem é importante pra gente. Amigo que vive magoando o outro, mesmo que seja por brincadeira, não é amigo. 

Enfim, tô bem, e bora estudar!  (:

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

ebaaaaa!!!

PASSEEEEEEEIIII! Mesmo a prova sendo uma bosta, eu PASSEIIIII!!!

Diz a pessoa que queria sair correndo do quarto pra contar pra colega de casa e não conseguia abrir a porta. Acho que era emoção... tava até tremendo. Mas a porta do meu quarto é realmente uma bosta, mais bosta do que a prova.

Agora é focar na próxima prova difícil, e depois da prova difícil, focar em física. Que lindo! Meu janeiro se resume a estudos e provas... Mas tudo bem, se eu passar tá tudo bem (: .



terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Letra bonita

Como diriam algumas pessoas que conheço, 'essa prova foi, ó, uma bosta!'.

Mas sem drama, tenho o exame de recurso ainda, e acho que dá pra passar. Como sempre, muito do que estudei não caiu, e o que não estudei caiu com tudo.

É a vida, né.



Bom, vi um vídeo essa semana que gostei pra caramba. Vale a pena ver até o fim. 




Vou fazer o possível para manter minha letra bonita e meu caderno bonito também. :)

domingo, 12 de janeiro de 2014

Por que tudo isso então?

Uma música linda de um DVD lindo pra melhorar esse espírito de prova iminente.

Música Inédita
(Duca Leindecker)




"[...]
Por que tudo isso então?
Se não há nada,
Por que todos temem perder?
Todo esse nada,
Será a vontade de viver,
Na mesma casa, na mesa que reparte o pão?
Por isso tudo então...

Quem é você?
Que se esconde atrás de um nome qualquer,
Não aparece pra mim
Estende a mão
Trazendo a chuva,
Tocando o som do trovão,
Será que vamos saber?"


<3

sábado, 11 de janeiro de 2014

lembranças

Me deu saudade. No caso, ela só deu uma cutucadinha, porque está sempre comigo. Sempre. Então, decidi listar algumas coisas que me deu mais saudade depois que vim pra cá. A ordem não importa. Tenho aquela lembrança nostálgica dessas coisas, umas tenho muita saudade, outras quase não tenho, mas viveria tudo de novo. Lá vai:



Comer um xis.

Dar uma volta no shopping Bento.

Jantinha na casa do Lucão, na casa da Pati, ou na casa de qualquer integrante da invernada, ou no galpãozinho.

Arrumar os cabelos pra um rodeio.

Arrumar os cabelos pra um rodeio na casa de uma das prendas e ser recebida com bolo e guloseimas.

Acordar as 5h da manhã de domingo pra ir pro rodeio.

Catar almoço em um rodeio, e comer o que achar mais apresentável e mais barato.

Dançar em um rodeio.

Encontrar pessoas que tu não sabe o nome, mas tu sempre vê nos rodeios, e cumprimentar a maioria delas.

Encontrar aquele cara famoso no meio tradicionalista e ser cumprimentada por ele (porque ele sabe quem tu é).

Comer polenta feita pela mãe.

Comer polenta recheada feita pela mãe.

Encontrar as amigas de infância.

Chegar em casa com toda a família em cima da hora do almoço e fazer massa caldeada ou arroz e bife.

Chegar em casa com toda a família, super cansados, no fim do dia, e ajudar a mãe a arrumar a mesa pro café.

Acordar com a família conversando (gritando) na cozinha.

Acordar com a visita dos tios as 8h da manhã (ou antes).

Arrumar malas pra ir pra retiro ou rodeio ou inter-regional ou Enart.

Arrumar malas pra ir pra praia.

Arrumar roupa pra dormir na casa da amiga.

Comer o arroz e feijão da mãe.

Comer qualquer comida da mãe (carne de panela, lasanha de molho branco, panquecas, sopa de feijão, entre outras...).

Estar se arrumando pra sair quando chega algum parente pra visitar. Daí ficar explicando onde vai...

Almoços na casa da vó.

Chegar na parada antes das 6h27, pra não deixar a Luma esperando por muito tempo.

Arrumar lanche pra levar pro trabalho.

Sentar no chão da sala, no trabalho, e ter 9576 crianças sentadas no colo. E ai de mim se não conseguisse segurar todas elas e dar atenção pra todas.

Ganhar mil beijos e abraços todos os dias dos pequenos.

Ajudar eles a aprenderem a caminhar.

Ouvir as primeiras palavrinhas dos pequenos...

Morrer de surdez quando todos começavam a chorar ao mesmo tempo.

Contar histórias pros pequenos.

Levar os pequenos pro pátio e ficar autoanalisando cada ação, pois quem vê de fora pode entender coisas erradas.

Ler um recado de agradecimento dos pais nas agendas. Era raro, mas era bem bacana.

Encontrar uma criança na rua, cumprimentar e ficar pensando de onde conhece.

Encontrar uma pessoa na rua, e ficar pensando se conhece do meio tradicionalista ou de alguma escola. Se é mãe, pai, vó, irmã ou qualquer coisa de um ex-aluno. 

Estar andando de boas na rua e de repente ver uma criança correndo pra me abraçar.

Encontrar crianças grandes que foram meus alunos. E me sentir velha por isso.

Churrasco no domingo em casa. Churrasco no aniversário. Churrasco nas festinhas.

Ficar discutindo com o pai porque queria a carne magra e mais cozida possível. Sem estar seca...

Pedir qual era o espeto de porco e qual o de gado.

Ajudar na organização dos jantares/festas juninas/festas de aniversário. Depois ficar braba porque quem deveria trabalhar não trabalhou e tiveram os que trabalharam demais.

Colaborar na limpeza depois dos jantares e tudo mais...

Pedir pra mãe ligar pra marcar médico. Pra mãe ligar pra marcar exame. Pra mãe ligar e avisar que está doente e não pode ir pra aula. Pra mãe ligar e pedir algo emprestado. Pra mãe ligar.

Fazer um bolo porque vai vir uma visita que a gente gosta muito. Ou simplesmente porque dá vontade de fazer um bolo.

Receber elogios pelo bolo.

Marcar aquela janta com as amigas um mês antes. Chegar no dia e não ter a mínima vontade de ir, simplesmente por estar cansada. Ir e se arrepender por não ter vontade antes.

Se sentir uma miss quando tinha evento do CTG e, na hora de sair de casa, tinham parentes. Ficavam admirando vestido, cabelo, etc.

Ouvir dos outros e perguntar pros outros: "Mas eu te conheço... tu dança em CTG? Qual?"

Responder: "Sim! Paisanos da Tradição!"

Ouvir: "Onde fica o CTG de vocês?" ou "De onde é esse CTG?" ¬¬

Sair entregar folder e cartaz de rodeio/espetáculo artístico/rifa/jantar.

Sair pra catar brindes para as rifas e bingos. Explicar que o CTG não tinha sede, e estava arrecadando dinheiro pra isso...

Comer um cachorro-quente da barraquinha da frente do INSS.

Chegar da faculdade depois das 22h30 e encontrar pastel, bolo ou sopa em cima do fogão.

Surgir um baile ou evento pra ir de última hora e torcer pra encontrar um vestido limpo.

Ir em qualquer coisa relacionada a CTG com roupa normal e ser olhada como uma herege.

Se sentir importante como avaliadora. Mas sempre tendo consciência de que sabia menos que qualquer um dos concorrentes.

Ir pro centro por qualquer motivo num dia qualquer e encontrar 83725 pessoas conhecidas.

Ficar esperando alguém na frente do shopping.

Ir na lotérica e não encontrar fila (isso era a glória!).

Sair pra tomar um sorvete no domingo à tarde, simplesmente para não ficar em casa.

Esperar pela programação da semana farroupilha e se indignar por não ter os shows que eu queria.



Enfim, são milhares as coisas que me faziam ser feliz lá. E a felicidade é encontrada, normalmente, nas pequenas coisas. Muitas dessas coisas só algumas pessoas entenderão; outras, só eu vou entender. Mas ninguém no mundo faria uma lista com as mesmas coisas que eu, pois o que cada um de nós vive é único em cada um de nós. Cada um tem experiências únicas. E cada um é único. Não há ninguém no mundo como eu, nem como você.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

éééé (:

Tô melhorando da minha depressão iníciodeano. Sol ajuda sempre. Escrever também.

Agora tenho mil coisas pra estudar e mil provas pra fazer. Mas prometo tentar deixar registrado aqui as outras cidades da viagem quanto antes eu puder. 

Uma música pra melhorar o dia, agora.

Retrato Pra Iaiá 
(Los Hermanos)





"[...]

Deixa ser, como será!
Quando a gente se encontrar 
No pé, o céu de um parque a nos testemunhar...
Deixa ser como será!
Eu vou sem me preocupar
E crer pra ver o quanto eu posso adivinhar...

[...]

Deixa ser como será!
Tudo posto em seu lugar
Então tentar prever serviu pra eu me enganar
Deixa ser, como será!
Eu já posto em meu lugar
Num continente ao revés,
em preto e branco, em hotéis
Numa moldura clara e simples sou aquilo que se vê"


 <3

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

post com cara de terça-feira.

Sabe, tudo vai ficar bem. Só isso que eu sei. Tudo isso vai passar, vai findar, e tudo vai ficar bem.

Agora vou postar aqui a música que tocou por último no meu player. Vamos ver qual foi:



(Jairo Lambari Fernandes)



"Eu te bendigo cada vez que cevo um mate
Cada vez que a noite bate no meu rancho solidão
Eu te bendigo quando a lágrima sentida
Embaça as cores da vida e vem morrer no coração


Eu te bendigo no silêncio desses campos
Quando a luz do teu encanto enfeitar os sonhos meus
Eu te bendigo por ser teu o meu apego
E se um dia achar sossego há de ser nos braços teus


Por bendizer-te assim, lábios da cor de carmim
Sabor dos nossos mates madrugueiros
Essa dor que dói em mim findará só com um sim
Da fina luz dos teus olhos luzeiros


Se te bendigo é porque sei o que digo
Tu és rancho, paz e abrigo pra curar a minha dor
Se te bendigo e digo que tenho saudade
Porque amo de verdade, meu desejo, minha flor


Se te bendigo é porque já senti teu cheiro
Nessas tardes de aguaceiro de encharcar até o olhar
Se te bendigo e digo que meu rancho espera
Que tu sejas primavera pra florir o meu lugar "


Que música romanticíssima... minha cara, ou não né.

Jairo é ótimo. Baita músico, compositor e essas coisas todas.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

refletindo um pouco...

Eu acho que a minha vida tá cada vez mais sem sentido. Sem nexo.

Sem objetivo. 

Eu já não quero mais ficar os dois anos aqui como queria antes. Já não quero mais tem um diploma internacional. Deixei de querer tanta coisa... Hoje tudo o que eu quero é ser feliz. Se sentir amada, sabe. Quero meus pais, meus amigos de verdade por perto. Sinto falta de abraços, de beijos, de cumplicidade, de preocupação.

Não aguento mais essa pressão de que é preciso estudar é preciso estudar é preciso estudar.

Tenho um bloqueio com estudar.

Preciso refletir sobre o que me fez abandonar esses objetivos. Se realmente os abandonei ou se apenas dei prioridade para a emoção. Mas agora não consigo pensar nisso. Sei lá.

Quero a minha vida pacata de volta! Minha rotina de trabalhar, estudar, invernada e casa. Tudo era mais tranquilo, eu não era tão cobrada, não tinha uma pressão psicológica minha sobre eu mesmo. 


A gente não sabe o que deseja. 


E não sei se isso é bom ou ruim.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Viagem: Veneza

Aêee, Feliz Ano Novo! Acabei não voltando aqui ainda em 2013. Mudei de ideia. A vida tem dessas coisas. (:

Bom, minha viagem foi óootima, claro, com suas peculiaridades e coisinhas ruins, mas foi super bacana. Viajei com um amigo e uma amiga. Aprendi muito, vi coisas lindas, coisas feias. Coisas boas e coisas ruins. Vou contar como foi. Vamos lá:

Começamos por Veneza, na Itália. Uma cidade no meio da água. Amei, adorei, gostei muito. Não há carros para se locomover dentro da cidade, só há canais e barcos. E as pessoas andam a pé também. Simples assim. Há placas nas ruas indicando as direções para os pontos de maior interesse da cidade. Gostei das pessoas de lá.

Acho que Veneza foi a cidade que menos tive desagrados, talvez por ser o início da viagem, eu ainda estar com toda a empolgação e animação e ansiedade.
Bom, chegamos na cidade perto das 21h de sexta-feira, pena havia parado de chover, estava tudo molhado, aquele clima de chuvisco, sabe. Mas, para início de satisfações, nosso hostel era maravilhoso. Lindo. Demoramos um pouco para encontrá-lo, mas uma senhora se ofereceu para nos ajudar na rua quando viu que estávamos pedindo informações para outras mulheres, e ela e suas colegas de trabalho ligaram para nosso hostel para saber onde ele ficava e para poderem nos explicar. Esse gesto de solidariedade/ajuda/compaixão inesperado me fez amar aquele lugar ainda na primeira noite. Nosso quarto no hostel era lindo, tinha até uma pia com armário aéreo e frigobar, com suco, leite, bolinhos, tortinhas e bolachinhas para a gente comer. Banheiro no quarto. Só nós no quarto. Dois aquecedores, super quentinho e aconchegante. Adorei. O hostel é o Al Saor Bed & Breakfast. A única coisa não boa é que não há placas na porta para indicar, só descobrimos depois das mil indicações e de olharmos o número na porta.


NoVaporetto...

Bom, Veneza me surpreendeu, e tem muito mais coisas legais pra visitar do que imaginei. Sim, a maioria tem que pagar para entrar, até em uma igreja... mas nessa não entramos. O Palazzo Ducale (Palácio dos Doges, em português) é de uma riqueza histórica impressionante. É quase obrigatório reservar, no mínimo, umas duas horas para dar uma volta ali. Há muitas igrejas (chiesas) pelas ruas (calles), e são muito bonitas. Vale muito a pena se perder por Veneza, tirar um tempo para caminhar pelas ruas apenas pelo prazer de se sentir passeando. Olhar as vitrines, quase todas bem enfeitadas, com as famosas máscaras do Carnaval de Veneza. Há também uma feirinha na Strada Nuova, em Cannaregio, com coisas legais pra comprar, desde souvenirs até roupas e calçados. Vimos essa feirinha no sábado. Andar no Vaporetto é praticamente inevitável, pois é o principal ônibus aquático da cidade, mas, como diz Dan Brown no Livro Inferno, é uma experiência mágica "sentar-se na proa para sentir o vento bater no rosto enquanto as catedrais e os palazzos iluminados desfilam à sua volta" (pág. 287). 

Vista do Campanário de São Marcos
A não perder: Palazzo Ducale, Igreja de Santa Lúcia, Basílica de São Marcos, Ponte Rialto, Campanário de São Marcos.

Onde eu queria ir mas não deu tempo: Igreja de Santa Maria Della Salute, Gallerie de L'Accademia, Museo Fortuny, Palazzo Mocenigo, Igreja de São Giorgio Maggiore, entre tantas outras coisas.

Pontos fortes: Arquitetura, história, não há carros, canais venezianos, museus, igrejas, pessoas.

Pontos fracos: Não é muito barato, quase tudo precisa pagar para entrar, inclusive em algumas igrejas (recomendo não entrar nas que é necessário pagar, principalmente em forma de protesto).

Como eu já disse, amei a cidade. Só deixo o lindo aviso para tomarem muito cuidado para não cair no Canal, principalmente quando se está tentando tirar fotos legais, daí acaba-se não olhando bem onde se está pisando, e quando se tem por conta, quase está nadando... espero que o anjo da guarda de vocês seja tão bom quanto o meu... ;)

Enfim, nos outros posts conto das outras cidades.