domingo, 8 de dezembro de 2013

seguindo...

Depois de falar com os pais as coisas melhoram. Não tô 100% ainda, mas já estou bem melhor do que eu estava ontem. Comecei um livro (agora estou lendo 4, sem pretensão nenhuma de terminar algum deles), uma história bonita, com certeza vai me fazer refletir sobre a vida. Tô com uma saudade imensa dos meus amigos, como em todo o final de semana.

Sabe por que morro tanto de saudade deles e eles quase não lembram de mim? Porque eles tem outros amigos lá. Um não faz muita diferença. Eu deixei TODOS os meus amigos lá. Nenhum deles veio comigo. Se ao menos eu tivesse amigos aqui, mesmo que dois ou três, como eu tinha lá, eu não sentiria tanta falta, pois estaria conseguindo cobrir esse buraco e essa saudade. Só que não tenho.

Eu não estou sendo injusta com os amigos daqui. Não, não estou. Não vou usá-los como substitutos dos outros, de maneira alguma. E a gente não tem a intimidade como eu tenho com os outros. De poder contar qualquer coisa. Me sinto uma idiota aqui, muitas vezes. E eu não me sentia assim lá.

Talvez o que me deixe mais mal assim é que vai demorar um bom tempo ainda para eu voltar pra lá e revê-los. E ainda por cima, essa semana tive um sonho bastante desagradável: sonhei que voltei pra lá, mas já não era parte do grupo. Era como se eu não existisse lá dentro. As pessoas me davam 'Oi', apenas, e nada mais. Não respondiam ao que eu perguntava, não falavam comigo. Me senti tão mal. Claro que quando eu voltar não será a mesma coisa de como era. Quando eu saí já era diferente do que antes da notícia de que eu iria passar um tempo longe. Mas as amizades verdadeiras continuarão iguais. Isso eu tenho certeza absoluta! São poucas, mas continuarão como antes.

E ainda, vou voltar pra lá e morrer de saudades daqui. Vou certamente sentir saudades da vida 'desregrada' que levo aqui, com festas às terças-feiras; mercado perto de casa, podendo comprar praticamente tudo o que eu quero; fazer o que EU acho melhor, me governar. Se eu quero beber, eu bebo, seja tequila, cerveja ou coca-cola. Ninguém vai comentar sobre o que eu estou bebendo. Quero comprar um vinho? Isso é a coisa mais normal do mundo. Quero ir pra festa, não preciso de carona. Boto uma roupa e arranjo uma companhia, tá feito. Acho que preciso de alguma roupa? Vou ao shopping e compro. Planejar viagens... Ah, esse final de semana vamos pra tal cidade? Vamos. Entre tantas outras coisas diferentes dali. Chego a hora que quero em casa, ninguém está na janela cuidando da vida dos outros. Saio a hora que quero. Vou onde quero! Não tenho mil vizinhos pra dizer 'oi' como se dissesse 'estou saindo, anota ali o horário'. Tinha dias que eu passava na rua e TODOS os vizinhos estavam fora de casa, alguns tomando um chimas, outros cuidando quando que os outros vizinhos iam chegar/sair de suas casas. Que gente desocupada! Vá rachar uma lenha. Aqui, quase nunca encontro ninguém no corredor/elevador do prédio, e só conheço quem mora no apto da frente, e de vista. Não sei nome nem nada. E é ótimo! É um casal bem gentil, sempre simpáticos, que não reclamam das barulheiras quando trago amigos, nem quando chego tarde. Que maravilha! Lá, eu não podia dar uma suspirada na minha casa que a vizinha estava na janela. Afe.

Mas enfim, eu troquei de casa, de bairro, de cidade, de estado, de região, de país, de continente e de hemisfério. Só o que me faltava tudo continuar igual, né!



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