quinta-feira, 25 de setembro de 2014

as coisas ruins também são boas!

Estava pensando que, se a última, ou melhor, penúltima (sei lá!) paixonite tivesse dado certo, as coisas seriam muito muito diferentes.

Percebi que eu seria diferente. Que provavelmente, hoje, minhas amizades de todos os dias fossem outras. E não, por nada nesse mundo, eu trocaria os amigos de verdade que tenho hoje.

Fui pensando e pensando e conclui que eu sou feita dos relacionamentos que não aconteceram.
Dos ônibus (e comboios) que perdi.
Das pessoas que passaram e se foram.
Dos bolos que não cresceram ou murcharam.
Das infinitas vezes que usei corretivo ou borracha.
Dos cálculos que errei.
Das provas que fui mal.
Das decepções com as pessoas.
Dos "Oi!"s sem resposta na rua.
Das comidas que inventei (e invento) e nem eu consegui (e não consigo) comer.
Das críticas aos meus trabalhos estranhos na escola.
Das caras de decepção dos professores quando eu não tirava a nota máxima nas provas.
Dos xingões dos meus pais, das brigas na adolescência (na verdade, na vida toda), da saudade da família.
Dos amores e das amizades não correspondidos.
Dos momentos de vergonha, timidez e nervosismo.
De todas as vezes que subi num palco/tablado e não saí com o sentimento de dever cumprido.
Dos rodeios e inter regionais com resultados decepcionantes.
Das vezes que acreditei em mim mesma, e não cumpri com o que me prometi.

Sim, eu sou feita destas coisas "ruins". Elas me moldaram tanto quanto (ou mais) que as coisas boas da vida.

Às vezes as coisas parecem erradas e ruins, mas elas se justificam em seguida. Há sempre algo que ainda não tínhamos aprendido... 

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