quarta-feira, 7 de maio de 2014

vida mais leve, já!

Hoje (terça) faleceu uma ex-professora minha, de matemática. A primeira professora de matemática que conheci. Baixinha, sempre rindo e fazendo piada de tudo, ensinava a matéria mais temida pela maioria da turma. Colocava a nota com números grandes nas provas e, quando pedíamos "Profe, deixa a gente sair da sala? Só faltam cinco minutos para dar o sinal..." ela respondia "Em cinco minutos eu posso ganhar na loteria!". Descobriu um câncer há alguns anos e, com um filho pequeno, lutou o máximo que pode. Pensei que ela estivesse bem... volta e meia, estava postando fotos com o filho e o marido no facebook, e era impossível não ver o amor e o carinho entre eles. Recebia sempre muitos comentários de apoio e parabenizando sua garra e força na luta contra essa doença estúpida. Tinha trinta e poucos anos... tão jovem, tão cheia de vida, com tantas coisas ainda para aproveitar... e o câncer a levou.

Mas esta não é e nem pode ser uma história triste, pois ela não ia gostar disso. Ela sempre esteve fazendo piada e com um sorriso no rosto, então ela não gostaria de nada triste. Ela nos mostrou que a vida é feita para ser vivida e aproveitada com felicidade, com as pessoas que gostamos, com aqueles que nos fazem bem. Que devemos curtir o momento, amanhã não sabemos se ainda estaremos aqui... se ainda teremos as pessoas que gostamos do nosso lado.

Sabe, vamos gastar nosso tempo com quem nos faz bem, com quem o merece, com quem precisa dele. Vamos ser mais felizes. Vamos achar um jeito de aproveitar a vida. Vamos levar a vida de um jeito mais leve... a gente chega sem nada e sai sem levar nada. Para que sofrer tanto? Para que ficar de mau humor? Vamos aproveitar o que há no meio disso tudo. Fazer o que a gente gosta, estar com as pessoas que gostamos, falar para elas o quanto significam para nós. Não precisamos levar a vida tão a sério... uma hora ou outra ela vai terminar e você vai ter deixado o quê para as pessoas que passaram por você? Coisas boas ou ruins?

Tudo bem se não der pra fazer aquela viagem (pra Paris) que eu tanto queria. Deve ter um lugar mais perto, para onde eu possa ir (Madrid talvez? ou ainda mais perto, tipo Évora... ou no Brasil, como Gramado, ou até Porto Alegre!) e possa me divertir, aproveitar e conhecer muitas coisas. Precisamos entender que nem sempre as coisas acontecem como a gente deseja, e aproveitar o que há de bom ao invés de lamentar o que há de ruim. Eu sei que soa muito³ clichê tudo isso, mas quando paramos pra pensar no que vale mesmo a pena, percebemos que este clichê é o melhor para todos. 

Ela se foi, mas sei que ela foi feliz como pode enquanto esteve aqui. Que ela tentou ser feliz. Que ela viu a vida como melhor ela podia. Que ela batalhou e lutou para estar com o seu filho o máximo que pode. E se ela vivesse até os cem, provavelmente viveria de bem até lá.

Ficou o aprendizado e a força de viver que ela mostrou a nós. Isso nenhuma doença estúpida nem nada pode levar.

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