domingo, 9 de março de 2014

Vai passar.

A tristeza é minha e eu sinto ela quando e como eu quiser.

Não é legal se sentir só. Longe da família e dos amigos que fazem bem. Longe das pessoas que te conhecem e sabem como você precisa que elas ajam, como você precisa que elas sejam, como é importante pra você poder contar com elas.

Em nenhum momento eu acreditei ter algum verdadeiro amigo aqui como os que tenho no Brasil. Seria imensa ingenuidade e burrice da minha parte, já que as pessoas que tenho aqui, conheço há, no máximo, seis meses, e as relações aqui são muito mais solúveis do que as de lá. Aqui nos víamos no máximo duas ou três vezes por semana, em festas ou bares ou algo do gênero. Nenhum amigo aqui me viu chorando de saudades de casa, me viu emocionada por uma vitória ou derrota em Rodeio ou me viu triste por um desentendimento com a minha mãe. Ninguém aqui sabe dos meus problemas familiares, não entendem as minhas paixões, não compreendem o meu mundo.

Para as pessoas daqui, eu sou uma menina grossa, que diz que engordou, que odeia estudar, que ama o Brasil, que precisa falar com a família quase diariamente, que é politicamente correta em seus atos, que gosta de ler artigos na internet. Não que eu não seja tudo isso, mas sou muito além disso. E eu exijo respeito pelas músicas que escuto e pelas coisas que gosto e não gosto. Cada um faz o que achar melhor. Mesmo eu achando uma bizarrice certas coisas, eu fico quieta e mando à pqp, se quer fazer, faça. Não vou ficar falando na tua cara que tu tá errada ou é que ridículo, isso é uma opção tua. Só quero respeito.

E novamente estou esperando demais dos outros. Estou esperando que ajam como eu quero.




Porra, não adianta vir me dar um abraço de 'feliz dia da mulher' se seus atos são com descaso em relação a mim. Se és estúpido e não tem um pingo de consideração com a minha pessoa. Me desculpa, mas se não sabe agir com consideração quando eu estou irritada, não posso considerar meu amigo. O mínimo era calar a boca. Não, ainda ficou me insultando! Que ódio! E saber que até dinheiro eu te emprestei. Ouvi teus choros e lamentos de ex. Te acolhi em minha casa quando estavas doente. Te visitei após fazeres muita coisa errada e uma cirurgia. Decidi que não ia me afastar de ti porque achava que tu precisavas de mim como amiga... mas se não mereces, foda-te. Arranja-te outros amigos, que aguentem tuas loucuras, birras, chatices e carências. Se tu não tens o mínimo do mínimo de consideração comigo, não mereces que eu faça nada por ti. Vá se fuder, mesmo. Tchau. Não apareças mais aqui.



Vou ficar bem, vai passar tudo isso.

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