domingo, 4 de setembro de 2016

Considerações sobre um plano de aula

Preciso, necessito escrever isso.
Leia quem quiser.

Algumas considerações sobre um plano de aula:

* Primeiramente, é necessário pesquisa. PESQUISASSS. No plural, porque é mais que uma.
Na verdade, tudo precisa de pesquisa. Mas voltando ao plano:
Primeiro, a gente pesquisa sobre o tema do plano. Por exemplo, funções. Então, vou pesquisar e entender funções. Entender bem, de boa, o que é, pra que serve, etc.
Depois, a gente pesquisa como as pessoas andam ensinando esse assunto. Há relatos de experiência? Com o que costumam contextualizar? De que maneira costumam ensinar? E então, há duas possibilidades:
1. gostei de como fazem. É construtivista, acho que funcionaria bem no contexto que tenho, vou utilizar esta ideia e modificar algumas coisas necessárias, sem esquecer de citar o autor dessa proposta.
2. não gostei. Nenhum jeito é construtivista/se aplica ao meu contexto/eu gostaria de aplicar. Então, eu vou pesquisar mais, até ter uma ideia.

* Depois da pesquisa, sabendo o que é preciso ensinar e tendo alguma ideia de como fazer, a gente coloca as coisas no papel. Se tiver um modelo de plano o qual seguir, ótimo. Se não tiver, o basicão são os objetivos, material necessário, metodologia e atividades.
O mais importante (e primordial) são as atividades. Depois, a gente coloca a metodologia, o material e pensa nos objetivos: os que essa atividade pretende atingir são os mesmos que eu queria lá na primeira pesquisa? Se sim, beleza!, segue, mas se não, vamos repensar isso aí. Volta pra pesquisa.

* Junto com o processo de colocar no papel, é importante pensar nas atividades que estão sendo postas. Como elas se desenvolverão na sala de aula? Um passo importante nas atividades matemáticas é FAZER A ATIVIDADE, seja ela como ela for.
É um cálculo: resolve ele.
É um problema: resolve ele e pensa de quantas maneiras possíveis ele pode ser resolvido.
É uma atividade usando software: faz, usando o software. 
E assim com todas as outras atividades. Soluciona. Faz da maneira que tu espera que teus alunos façam e da maneira que tu espera que eles não façam e ainda pensa em como vai explicar se eles fizerem errado.

* Supomos que as atividades estejam todas lindas no papel, numa ordem legal e tal (nem vou entrar no mérito de SEMPRE INICIAR COM UM PROBLEMA OU ALGO SEMELHANTE, NUNCA COM O CONCEITO). Se ta tudo ok, vamos pensar na avaliação: isto vai ter alguma avaliação escrita? Como vou saber se o conteúdo foi aprendido ou não?
Pensa isso e coloca.

* E por fim (porém não menos importante), segue a bibliografia. Mas pra quê bibliografia? Pra citar todos os trabalhos e livros que te ajudaram a bolar esse plano todo. E também agradecê-los, mesmo que citá-los não seja mais do que a tua obrigação.

E é isso. Não é difícil, PORRA.

Terminei esse post no imperativo porque não consigo esconder que ele seja um desabafo. Um big desabafo. Que merda. É tão difícil de aceitar ajuda? Queridinho, tu não sabe tudo. O que tu fez ta uma bosta. Eu só deveria te orientar. Eu não deveria estar cumprindo com todos esses passos.

Vou, agora, arrumar essa porcaria que tu fez.

Nenhum comentário:

Postar um comentário