terça-feira, 8 de setembro de 2015

Minha casa de um dia será doida.

Eu sempre vejo ideias doidas de decoração e penso: quero isso quando tiver a minha casa.
Então agora resolvi escrever aqui essas ideias-desejos, pra que eu lembre ao menos de uma parte delas quando eu realmente tiver o meu cantinho.

Quero muitos azulejos na minha casa. E aqueles azulejos pequenos (quase 20x20cm), criando padrões geométricos nas minhas paredes. Eles facilitam na hora da limpeza e dão um toque português, mesmo que não sejam azuis.
Ah, tomar cuidado com o rejunte utilizado, pq ele escurece na maioria das vezes e não é legal de ficar limpando.

Eu também posso fazer decorações nas paredes utilizando pregos e fios de lã, como naquele hostel Jardim de Santos, em Lisboa. Fica super bacana.

Também quero pintar minhas paredes com um pincel e rolo e aquelas coisas legais. 

Fazer uma parede de quadro também é legal. Giz faz sujeira, então posso colocar tipo um quadro de acrílico onde dá pra escrever de canetão e limpar de boa.

Sofá de pallet e aquelas poltronas tipo infláveis são ótimas pra sala de TV. Também uma rede na varanda.

Fazer estantes/prateleiras para os livros, de uma maneira que não acumule muito pó.

Casa de concreto. Madeira => sujeira.

Hoje era isso. 

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

doidíssima.

E então eu acho que estou me recuperando. Que estou mais tranquila e menos apaixonada.

Até ele vir falar comigo. Contar que seus pais falam de mim. Que sua tia pergunta quem sou eu. Dizer que também tem saudades.
Até meu cérebro entender que ele se importa comigo, que eu sou importante pra ele, que ele sente minha falta. Até eu me iludir que ele sente minha falta como eu sinto a dele.

Então volta toda aquela vontade de pegar um vôo no dia seguinte, "com destino à felicidade".

Aff, to ficando é doida.

é só um desabafo para mim.

Eu não quero reclamar. Quero apenas falar, sem obrigar ninguém a ouvir.
Assisti já três ou quatro episódios de Monk hoje. E ele ta sendo meu ponto de fuga. Eu não quis ir na minha vó com a minha mãe e fiquei com a consciência pesando por isso. Minha consciência diz que eu deveria ter ido. Que a companhia da minha avó era melhor do que eu ficar entulhada no quarto vendo série. Mas eu resolvi ficar, e fiquei.

Já é noite. Meus pais estão brigados. Eu não sei o que houve (pelo visto, minha mãe também não, ou ela sabe mas não quer acreditar). Meu pai acabou de ir para o ensaio dele. Eu to carente, querendo conversar com alguém, mas nem sei sobre o que. Acho que, na verdade, eu só queria um pouco de atenção. Mas ok.

Eu sinto falta de Aveiro. Quando eu estava lá, às vezes, tudo o que eu queria era estar perto dos meus pais. Eu achava e sentia que, estando perto deles, todas as coisas se resolveriam e ficaria tudo bem. Mas não foi bem assim... eu continuo me sentindo sozinha, mesmo com eles por perto. E não sei por quê.

Eu queria voltar a dançar. Sinto muita falta da dança, meu corpo sente falta, dançar me faz bem. Mas eu não me sinto parte do grupo. Não me sinto importante lá dentro. Meu orgulho não me deixa voltar, assim, do nada. Voltar sabendo que falei que nunca voltaria a dançar lá, sabendo o que as pessoas de lá falaram de mim, com tanta coisa contra.

Eu gosto de falar sobre o que vivi lá longe. Eu falava muito pouco quando estava lá, conversava com meus pais umas duas horas por semana, com meus amigos e irmã e cunhado ainda menos, e quero falar sobre como era na Espanha, na Itália, na Alemanha. Só que ninguém parece muito disposto a ouvir. Nem meus pais. Eu sinto necessidade de falar. Mas quando falo, as pessoas não se mostram a fim de saber.
Não é que eu queira exaltar que lá estive, mas é que eu simplesmente vivi aquilo. Não quero mostrar que estive na Europa, simplesmente tive a tal experiência na Europa. Não quero inveja de ninguém. Queria apenas compreensão.

Eu sinto falta do G. Já faz mais de um mês que nos despedimos, então to bem menos apegada e tal (até porque já sofri um bocado). Mas ainda sinto falta. Ainda tenho saudade e ainda queria que ele correspondesse o que sinto.

Acho que era isso. 

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Obrigada, gracias, grazie, thank you, danke, ...

Agradecer, agradecer e agradecer. Foi o que eu mais fiz nos últimos dois meses. Mentalmente, claro. Verbalmente deve ter sido lamentar e reclamar. Mas, mentalmente, foi agradecer. Agradeci a Deus ou o Cosmos ou sei lá o que é por ter chegado onde cheguei, e não fiz promessas nem pedi o que queria. Simplesmente agradeci.

Agora, de uma maneira entendível: durante os meses de junho e julho, fiz muuitos exames e provas em Portugal. Era final de semestre, final de intercâmbio, e cada passo era decisivo para a minha dupla diplomação (ou não). É claro que eu queria o diploma português, queria fechar todos os ECTS's que eram o objetivo do 'intercâmbio' desde o início. É por isso que se chama 'Licenciaturas Internacionais', que dizem 'Graduação Sanduíche' e não, simplesmente, intercâmbio. Mas eu estava cansada. Cansada de estudar e estudar. Cansada da pressão que, na maioria das vezes, quem colocava sobre mim era eu mesma. Cansada de ver outras pessoas curtindo as férias enquanto eu estava ainda estudando. Mais de cem vezes, pensei em desistir. Já não sabia se todo o esforço para passar nas disciplinas, que, pra mim, eram um bicho de quarenta cabeças, valia a pena. Eu só queria abraçar meus pais. E minha cama. Então, seguindo a legislação da universidade, solicitamos que eu terminasse as coisas por aqui, fazendo a última prova necessária para aprovar na última disciplina necessária para a dupla diplomação, em setembro.

No fim de julho e início de agosto, viajei. Não saí apenas da minha cidade, mas saí de mim. Foram dias incríveis. Viajar sozinha também foi bastante interessante.

Tenho o costume de, quando entro numa igreja que nunca havia entrado, fazer um pedido. Em todas as igrejas que visitei no primeiro ano, o pedido foi sempre o mesmo: atingir os créditos necessários para ficar o segundo ano em Pt. Após isso, o pedido mudou um pouquinho: atingir os créditos necessários para a dupla diplomação. Nessas últimas viagens, não houveram pedidos. Apenas agradeci, de coração, por ter chego até ali. Por ter a chance de conseguir. Talvez fosse a hora que eu mais precisasse pedir ajuda para atingir meu objetivo, afinal foi quando lutei mais intensamente por ele. Mas eu apenas agradeci. Tudo já havia sido suficiente.

Agradeço ainda: às pessoas que me auxiliaram com os conteúdos: sem vocês, eu não teria conseguido. Às pessoas que ajudaram com mensagens positivas: sem vocês, eu não teria conseguido. Obrigada, do fundo do meu coração. Gostaria de um dia poder fazer algo que seja importante para vocês como vocês foram para mim. Muito obrigada.

Também agradecer aos que não acreditavam, duvidavam, achavam que eu apenas festava em Pt, que eu não atingiria o objetivo: eu teria conseguido sem vocês, mas agradeço da mesma forma. Colaboraram, mesmo sem querer, me dando força para chegar onde EU queria. Obrigada.

Enfim, mesmo dois anos depois de ter saído daqui (e ter começado esse blog), eu ainda não acredito no que vivi. Parece que tudo foi um sonho. Sempre fico sem saber o que dizer quando as pessoas me perguntam "Como foi viver lá?". Respondo, apenas, que foi incrível, justamente por ainda nem acreditar em tudo isso. Porém, mesmo tendo finalizado esta fase, inicia-se (assim que a greve findar) a outra fatia do sanduíche. Mais três semestres me esperam, para que eu possa ter nas mãos a tão desejada dupla diplomação. Uma fase se foi, mas ainda há bastante trabalho pela frente.

E, depois disso, ainda não se sabe o que acontecerá... até lá, tenho tempo para decidir. 

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

não sei

É uma vontade enorme de ir embora. Uma vontade de recomeçar em algum lugar novo. Uma desvontade de continuar algo que já passou da metade. Vontade do novo. Novo. De novo.