sábado, 22 de junho de 2024

Acabei de acabar a dissertação!

Oi!
Estou passando aqui pois não posso deixar de eternizar esse momento.

Acabei de acabar a minha dissertação de mestrado.

Na verdade verdadeira, ainda quero que o Evi leia a introdução e reveja a sequência didática, pq fiz duas versões, uma com a sequência com as atividades no meio e uma com as atividades no final.

Essa semana foi o caos.

Eu precisava terminar, não tinha taaaantas coisas ainda pra fazer, mas não conseguia trabalhar nisso porque tinha que montar provas e revisões da escola. Foram todos os dias da semana trabalhando até as 22h ou mais. Em alguns momentos, achei real que tava pirando. Ontem na aula jurei que na minha folha tinha um 5 onde na veradde tinha um 2. Quando me dei conta, fiquei assustada. Hoje vi vultos onde não tinha. Minha cabeça tá bugando.

tudo porque me precipitei demais semana passada, afirmando que conseguiria terminar a dissertação antes do dia 24, contando com o trabalho do Marcos quando na real ele precisaria de mais tempo do que eu imaginava. Então, depois que a banca foi marcada e tomei um choque de realidade, chorei, fiquei puta comigo, mas compreendi também que seria uma semana louca mas que seria A ÚLTIMA SEMANA.

Com o trabalho terminado, uma grande carga que eu vinha carregando fica pelo caminho. São 23h, e se trabalhei hoje até esse horário é porque quero estar livre disso amanhã. Quero poder ouvir a opinião do Evi, corrigir o que ele sugerir e ENVIAR PARA A BANCA.

Eu sei que ainda terei a apresentação, terei que fazer correções, mas finalizar o processo de escrita é uma etapa importantíssima. Uma sensação que não sei descrever. É um alívio misturado com outras coisas. Enfim.

Vou tomar um chá que amanhã ainda tem festa junina da escola o dia todo. E domingo vamos comemorar meu aniversário atrasado (e essa finalização de trabalho!). <3

sexta-feira, 10 de maio de 2024

Muitos pratinhos

Brevemente, queria registrar aqui como me sinto nesses dias.

A catástrofe ambiental no RS já dura duas semanas. Faz uns 11 dias que ficou feio de verdade. E, depois de ter feito sol entre segunda e ontem, hoje voltou a chover forte. O número de mortos já passou de 100 (era 107 ou 110, hoje, pelo que lembro), isso sem contar os mais de 120 desaparecidos. (não sei os números exatos e prefiro não pesquisar agora, mas estou estimando baixo.) Está bem difícil.

Meus pais voltaram pra casa no domingo, e estão monitorando a chuva pra saber se precisam sair de lá. Há avisos de risco de desmoronamento em metade do estado, pois a chuva de hoje cai numa terra já encharcada há vários dias.

A vida vai tentando voltar ao normal. Trabalhamos normalmente desde terça. 

Mas lembrando que alguns colegas de mestrado ainda estão fora de casa, pois as casas alagaram, podem ter perdido muita coisa... é muito triste.

Ficamos de quinta até terça sem água, indo tomar banho na casa dos outros e buscando água no Iraci, comprando água mineral pra beber. A água voltou bem direito ontem (quinta).

Ao mesmo tempo, vejo muitos pedidos de ajuda - até cobranças, na verdade, pois é assim que soam - e ainda não fiz nada pra ajudar. Eu tentei doar mas quando vi já não precisavam do que eu podia ajudar. Não fui ser voluntária, não irei no final de semana. Mesmo que eu saiba que não vou pois tenho outros pratos para equilibrar, a culpa não deixa de aparecer e pesar nos meus ombros.

Vou ajudar, sim, aqueles que eu conheço e que foram afetados. Devagar, vou ajudar. Não quero que isso também seja mais um prato para dar conta.

Preciso controlar o meu eu exigente, que vem aparecendo muito nos últimos dias. 

"não se depilou" "não limpou a casa" "não saiu pra correr" "se preocupa em se depilar com gente sem casa" "Se preocupa com a casa e nem tinha água" "vai sair como correr na chuva sua louca" "vai sair correr como sem poder tomar banho e lavar roupa" "não foi atuar como voluntária" "vai sair de casa como sem banho" "Não fez nenhuma doação" "não adianta doar o que os outros não precisam" "Nem doou dinheiro ainda pra quem conhece, pra ninguém" "vai doar pros outros e se precisar depois pra própria família?"

Essas são algumas das frases que ficam pesando aqui nos últimos dias.

Tá difícil de aguentar. A uma hora de psicoterapia não dá conta.

Enfim, era pra ser breve. Preciso terminar de lavar a louça e trabalhar na dissertação. Oremos.

sexta-feira, 3 de maio de 2024

fase complicada

os últimos dias tem sido complicados.

E, quando falo últimos dias, me refiro a último mês, mais ou menos.

Passei 10 dias com crise de enxaqueca, seguida do maior desastre ambiental da história do estado. Praticamente 80% do estado está alagado ou encharcado pelas chuvas que acontecem desde a quinta da semana passada (8 dias atrás), e se intensificaram desde a última segunda-feira (hoje é sexta).

Aqui em Bento choveu mais de 530 milímetros de segunda até ontem. Isso é 50cm de água, em todo o lugar. É muita muita água! Ainda mais se considerarmos que o solo já estava molhado com as chuvas dos dias anteriores.

Na segunda e na terça, tive aula normal. Na quarta era feriado. Na quinta, fui trabalhar, os alunos tinham sido liberados, só foi os que precisavam muito, e foram liberados ao meio dia. Alunos e profes. Chegou a faltar luz por alguns minutos na manhã. E não parava de chover. 

A chuva deu uma acalmada no final do dia de ontem, que ficou chuviscando, depois, à noite, parou. hoje chuviscava um pouco, depois para, depois chove e para, e assim vai.

Na quarta e na terça, eu estava muito preocupada com os meus pais, porque com o solo encharcado o risco de desmoronamento é bem alto. Tentei convencer meu pai a sair de casa, mas ele não quis. Na quarta, desmoronou a ameixeira. Na quinta de manhã, desmoronou mais uma parte de mais ou menos um metro de largura por uns dez de comprimento, segundo meu pai. Foi aí que veio a defesa civil, e meus pais foram na minha irmã. Deixaram a casa lá, com o carro na garagem - que não consegue sair porque a rua está bloqueada nos dois sentidos. Posso dizer que eu falei que não era pra ficar lá, que mandei sair antes, mas não adianta falar nada agora.

Quando eu estava preocupada, alguma coisa na minha mente dizia que era bobice da minha cabeça, que eu não precisava me preocupar pois nada aconteceria. E na quinta eu percebi que minha preocupação era real, eu tava certa. Que pena que não me ouviram antes.

Na segunda dessa semana, tive consulta com médica clínica geral por causa da enxaqueca, que me perturbou seriamente na semana passada. Muita dor do lado esquerdo da cabeça e torcicolo. Remédios não faziam diferença nenhuma, nem os mais fortes que costumam ajudar. A médica pediu um exame de sangue de rotina (que fiz hoje) e recomendou que eu me afastasse de situações de estresse. Meu anjo, como?

Acredito que essa crise tenha sido motivada por estresse, pois começou logo depois que conversei com o meu orientador pelo meet (há exatas duas semanas). Fiquei muito frustrada e chateada e decepcionada pois percebi a quantidade - excessiva - de trabalho que ainda terei com essa dissertação, sabendo que nesse momento eu queria estar terminando ela.

Além disso, daquela sexta(há duas semanas), o querido não me deu retorno até essa terça-feira. Na última sexta (há uma semana) eu mandei um email com o trabalho 'atualizado' e na terça eu não tinha recebido nada. Acordei e mandei mensagem, pois na sexta ele tinha pedido desculpas e dito que essa semana iria me ajudar mais. Depois da minha mensagem, na terça, me respondeu, mas eu fiquei com umas dúvidas pois alguns comentários não estavam claros. Então, fizemos um meet de 15 minutos, que foi suficiente para me deixar ansiosa.

Na terça, teve também uma aluna que veio me relatar seus problemas pessoais, familiares, com a mãe e o pai. Fiquei bem abalada, pois queria poder ajudar de alguma forma mais concreta além de apenas ouvir...

Preciso considerar também que não estou fazendo os exercícios físicos que costumo fazer e que são o meu escape. A natação, nessas duas semanas, eu deveria ter ido cinco vezes, mas fui duas. O pilates essa semana não teve por causa do feriado. E correr eu fui na quinta da semana passada mesmo parecendo que minha cabeça ia cair. E foi só. Com essa chuva não dá pra ir correr, e agora nem água temos em casa pra tomar banho. 

Estou com dificuldades pra lidar com meus sentimentos e emoções. Mas preciso reconhecer que não está sendo fácil viver, de um modo geral. A insegurança de não saber se vou conseguir o suplemento (pra manter o meu salário, já que a última bolsa foi em abril). A ansiedade e pressão para terminar a dissertação, porque o tempo está terminando, orientador que não faz o que eu gostaria, e estou tão cansada disso... As turmas difíceis que tenho no trabalho, que me sugam muito e não posso deixar de considerar. Meus pais que cada pouco tem alguma situação complicada pra resolver - seja ela com o meu irmão, seja falta de dinheiro, seja agora essa situação do desmoronamento que, sinceramente, estou tentando não pensar em resolver. Tá difícil equilibrar todos esses pratinhos.

Daí junta essa catástrofe natural, onde cada pouco é notícia de alguém desaparecido. Bem complicado de lidar.

Enfim, espero que essa escrita me ajude um pouco a lidar com essas coisas todas... e prefiro acreditar que é uma fase ruim, mas que vai passar.

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

dificuldade de escrever o que precisa escrever

Não estou conseguindo escrever.

É aquela sensação clássica de ficar olhando pro nada e não conseguir fazer o que precisa ser feito, ler algo útil ou escrever no arquivo certo.

Até tentei fazer uma lista do que preciso arrumar na dissertação mas não consegui realmente fazer nada da lista ainda. Ok, fiz ela há uns 15 minutos, mas esse tempo foi só olhando pro nada. Cabeça fervendo de assuntos aleatórios e desimportantes, sem foco nenhum.

Já fiz alongamento, já bebi água, já comi pirulito, e nada.

Semana passada eu dava a desculpa de que o orientador ainda não havia respondido. E ele respondeu, na terça à noite. Quarta viajei, voltei na sexta à noite, e no final de semana nem pensar em fazer isso. Agora é hora de encarar a realidade, já é fevereiro, preciso fazer isso aqui.

Queria entender por que é tão difícil. Por que é difícil escrever. "Porque não é o assunto que tu gosta", "porque tu está chateada com o orientador", "porque é difícil mesmo, todo o mestrando passa por isso, tu já viveu isso com a pós graduação e nos artigos da graduação mesmo". Todas essas frases têm razão. Mas, sozinha, cada uma não justifica esse bloqueio que parece quase físico e me segura, me impede de fazer o que parece tão simples e precisa ser feito.

Pensar na análise dos dados me dá borboletas no abdome (não só no estômago), mesmo que algumas vezes não pareça tão ruim. Não quero nem começar. Mas preciso e está na minha lista de tarefas até sexta.

Algo que me ajuda às vezes (além de organizar as ideias aqui) é pensar que meu eu do futuro vai ficar orgulhosa se eu fizer. Vou tentar focar nisso pois é uma verdade (eu ficarei muito muito orgulhosa de mim mesma por fazer qualquer uma dessas tarefas da lista). Veremos.

Li uns posts anteriores e vamos ver se agora vai. Até a próxima!



PS: li uns posts atrás e quero registrar que estou com uma ofensiva de 518 dias no Duolingo. kkkkkkkk

Além disso, continuo no pilates e também estou na natação, duas vezes por semana, desde o final de maio de 2023. (carinha feliz)

E nesses últimos dias estou correndo. lol nem eu acredito, mas enfim. Um dia consegui correr 1200m sem parar! e duas vezes no mesmo dia! em outros não cheguei a tanto, mas estou feliz. Com dor no quadril, mas feliz. Sábado eu saí pra correr SOZINHA! nem eu acredito em mim mesma. Corri uns 700m, em duas etapas, e caminhei o restante, totalizando 4200m em 39 minutos. Acho ótimo pra mim que estou começando. Estou satisfeita com isso.

Mas não estou satisfeita com o meu peso: quase 67 kg  :(   engordei quase 5kg entre dezembro e janeiro, mesmo estando muito ativa e sem mudar significativamente a alimentação... estou pra marcar médico pro check-up, mas não consegui ainda pelo plano.

Oremos e veremos.

terça-feira, 30 de janeiro de 2024

Podia ter escolhido melhor.

Estou chateada.

Percebi que me sinto super ansiosa em relação ao orientador.

Semana passada, quando o encontrei pessoalmente, me percebi super ansiosa e nervosa esperando ele chegar. Talvez porque ele disse que chegaria às 14h e só chegou 14h17? Talvez porque eu sabia que o que eu tinha produzido não era tão bom? Talvez porque meu psicológico bugado confunde as funções?

Foi talvez um alívio pedir pro J conversar com ele antes e usar como desculpa que eu demoraria mais, pois enquanto eles conversavam eu pude me acalmar um pouco. Eu tava tremendo de ansiedade. Fui falando pra mim que aquilo era bobo e que eu não precisava me sentir assim, que aquela emoção podia ir embora, que eu estava pronta para conversar.

Eu nem sabia que logo em seguida ele contaria que não tinha olhado meu arquivo (que eu tinha enviado uma semana antes) e que contaria que o pai dele morreu.

Essa notícia acabou comigo. Me impactou muito, fiquei sem ação. Ele parecia estar super conformado e tranquilo. Mas a notícia me desarmou e nem consegui deixar claro o quanto ele é fundamental para que eu consiga seguir escrevendo e fazendo o meu trabalho.

O papel dele nessa história é me orientar. Ele precisa me orientar. Eu preciso da ajuda dele.

Não é nenhum favor, esse é o trabalho dele.

Não é minha obrigação fazer sozinha. Esses sentimentos/emoções que sinto são normais do processo. Estou falando da hesitação, insegurança, dúvida, dificuldade de leitura e de escrita. O que não é normal é eu ficar ansiosa porque ele não está cumprindo os prazos que nós estipulamos juntos. Eu estou cumprindo o que prometi. Poxa, ele não teve 30 minutos para abrir meu arquivo, ler e apontar algumas coisas????

Eu acho que ele acha que eu consigo fazer sozinha e que ele não precisa ajudar muito. Mas não é bem assim. Eu to com dificuldades. Eu queria alguém que lesse o que eu escrevo e me desse retorno.

O que eu quero é só o mínimo!!!

Não precisa de milagre, só o básico já tá bom.

Eu mandei uma mensagem dizendo que estou com dificuldades e que acho que as considerações dele me ajudariam. Acho que dá pra perceber que preciso de ajuda, né?

Enfim, espero que ele entenda.

Tô na dúvida se levo o computador pra tentar trabalhar um pouco na praia ou se nem levo. Acho que vou levar, na dúvida é melhor ter junto. Mas não vou deixar de ir pra praia pra fazer, é só pra fazer em horários que não conseguiria aproveitar. Também não vou ter muita privacidade, então, não posso esperar que vou super produzir pq não vou.

Vou levar o notebook mais por desencargo de consciência.

Escrever aqui me ajuda bastante. Hoje tenho psicóloga e vai me ajudar também.

O Evi também me encorajou a mandar mensagem pra ele. Uma parte de mim diz "Ele sabe que não está te orientando direito, não precisa ficar cobrando (e sendo chata)" e outra parte me diz "O óbvio também precisa ser dito, chama ele e deixa claro que tu precisa de ajuda". A primeira parte é aquela minha parte que odeia incomodar os outros.

Eu queria ouvir só a segunda parte. Mas não consigo às vezes. Ainda bem que tem o Evi que me ajuda a ouvir.

Por hoje era isso.