quinta-feira, 24 de março de 2022

Coisas chatas e legais

Engraçado que hoje senti necessidade de voltar aqui.

Quando cheguei, percebi que meu último post foi há um ano e dois dias.

Mas por que quis voltar?

Porque estou chateada. Preciso desabafar.

No final também pretendo falar de coisas boas, sim. Mas primeiro preciso chorar. Admitir que fiquei magoada, sim. Mesmo que tenha sido um comentário bobo, mesmo que tenha sido sem intenção de magoar, mesmo que já tenha acontecido de outra forma e sem me magoar dessa forma.

Duas alunas de uma turma vieram me perguntar se eu sabia que a outra turma andava falando de mim. Disse que não e fiz a besteira de perguntar o que era. Algo me dizia que não era bom. Algo = o tom de fala das criaturas.

Disseram que a outra turma disse que eu parecia uma rata.

E eu, do alto da minha maturidade, disse que não sabia que eles andavam falando isso, e que eu não ficava falando dos outros. E fingi seguir a vida. Disse também que não me importava. Mentira.

Aquilo me atingiu de uma maneira bem desagradável.

Todas as minhas inseguranças voltaram das profundezas da falta de autoestima.

Também vieram muitos questionamentos:

- Por que eu estava me sentindo assim com a opinião daquelas criaturas?

- Por que aquele comentário me afetava?

- Eu preciso e quero ser uma boa professora, e não uma bela professora. Não deveria me importar.

O dia todo fiquei pensando por que me sentia chateada com aquele comentário e tentando entender e explicar a mim mesma que isso não muda nada na minha vida. Claro que uma parte de mim já pensou em mil maneiras de deixar claro pros alunos que andaram falando isso que foi um comentário desagradável e infeliz. Também de comentar com as que contaram que, quando algo vai prejudicar alguém, melhor nem contar. Quando não agrega, melhor nem falar.

Enquanto escrevia isso, caíram uma ou duas lágrimas e parece que me sinto melhor em relação a essa situação. Mas não tenho certeza. Só saberei mais tarde.


Aproveitando que aqui estou, acho importante registrar o que é bom. Por que eu não pensei em vir aqui registrar o que é bom mas pensei em vir pra desabafar?

Porque é fácil contar pros outros o que é bom. Mas é difícil mostrar uma ferida.

Enfim.

Ontem foi a minha primeira aula do Mestrado do Profmat.

SIMMM, MESTRADO!

Fiz a prova em dezembro e passei. Fiquei entre os 10 classificados.

Estou indo de carona com um colega de Farroupilha e uma de São Vendelino.

Ontem, a primeira aula, foi uma palestra com uma professora de matemática da UFRGS (não ligada ao profmat) e também uma conversa com o coordenador do curso e os estudantes, ops, MESTRANDOS. Tiramos algumas dúvidas. Amanhã as aulas começam de verdade. Matemática discreta e Números reais e funções (algo assim).

Estou com medo? Bastante. Mas vamos com medo mesmo.


Enfim, desabafei sobre o que me afligia (realmente acho que me sinto melhor) e contei algo bem bom e legal. Talvez seja importante eu dizer que continuo trabalhando na particular 21h por semana e que continuo concursada 20h por semana.

Até a próxima!



EDIT: Li o post anterior a este e acho que preciso registrar algumas coisas:

*Ainda estamos em Pandemia. Na real, sim e não. As máscaras foram liberadas essa semana na nossa cidade, mas vários lugares tinham liberado a máscara e os casos estão aumentando. Eu continuo usando, tirando em situações pontuais porque realmente é muito ruim falar alto de máscara.

*Ainda estou fazendo a carteira de motorista. KKKKKrying.

Reprovei 5 vezes já na prova prática. A 1ª, porque deixei morrer numa esquina em morro, duas vezes e tbm tinha esquecido um pisca. A 2ª, nem saí da baliza pq esqueci o freio de mão acionado e o carro morreu. A 3ª, porque o avaliador achou que num cruzamento eu ia bater no outro carro, mesmo eu achando que ia dar tempo (tbm tinha deixado morrer, mas acho que ele não tinha descontado). A 4ª, porque deixei morrer uma vez na estacionada no morro e depois fiz uma conversão com "o carro desengrenado": eu estava trocando de marcha!!!! A 5ª, bati na baliza. Nunca tinha me acontecido. Vou dar uma pausa e depois farei novamente e PRECISO PASSAR. A sensação de reprovar é horrível.

Agora sim, até a próxima!


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